Páginas

domingo, 11 de dezembro de 2011

O Acervo


O Arquivo Público do Estado de São Paulo, um dos maiores arquivos públicos brasileiros, é detentor de um acervo de aproximadamente 10 mil metros lineares de documentação permanente, disponíveis integralmente à consulta pública, e aproximadamente 16 mil metros lineares de documentação intermediária, que corresponde ao Arquivo Administrativo. Além disso, diagnóstico recente apresentado pelo Departamento de Gestão do Sistema de Arquivos do Estado de São Paulo demonstra que mais de 900km lineares de documentos acumulam-se por todo o Estado.

A documentação intermediária aguarda a avaliação e a definição de prazos prescricionais ou precaucionais de guarda para ser então incorporada ao acervo permanente ou eliminada. O Arquivo Administrativo é composto por documentos públicos produzidos pelas diversas Secretarias, Autarquias, Fundações (1900-1960) e Fundos Cartoriais.
Nosso acervo permanente, por sua vez, incluiu ampla variedade de documentos oficiais da administração pública estadual, além de fotografias, ilustrações, caricaturas, mapas, jornais e revistas. Nosso documento mais antigo, datado de 1578, é o inventário do sapateiro Damião Simões. O Guia do Acervo e diversos catálogos constituem os instrumentos de pesquisa disponíveis para facilitar o acesso aos documentos sob a guarda da instituição.
nquanto órgão responsável pela guarda da documentação de valor histórico produzida pelo Governo Paulista, o Arquivo Público do Estado preserva e disponibiliza ao público mais de 400 anos de história. Os conjuntos documentais mais significativos – por sua dimensão ou por serem os mais pesquisados – são os relativos à Agricultura e Imigração (1812-1948), Maços de População (1765-1850), Registros de Terras, Sesmarias e Tombamentos de Bens Rústicos (1602-1856), Inventários e Testamentos (1578-1801), Ofícios Diversos (1603-1913) e DEOPS (1924-1983).



O Arquivo Público do Estado também recolhe conjuntos documentais produzidos ou acumulados por pessoas ou instituições de caráter privado, que testemunharam diversos períodos de nossa história. Os arquivos privados são adquiridos por meio de doações ou compra.



O acervo iconográfico e cartográfico é formado por aproximadamente 1,5 milhão de cópias fotográficas, positivos, negativos, mapas, ilustrações e caricaturas. Destaque para os conjuntos de imagens de foto-jornalismo, tal como do jornal Última Hora, publicação que circulou entre os anos de 1951 e 1971 e representou um marco na história do jornalismo brasileiro. Merecem destaque, também, os acervos fotográficos dos jornais Aqui São Paulo, Movimento e Diários Associados.



Já o nosso acervo cartográfico foi consideravelmente ampliado com o recolhimento da documentação do Instituto Geográfico e Cartográfico de São Paulo, fonte fundamental para compreensão da formação territorial do Estado de São Paulo e do Brasil.



O Arquivo Público do Estado dispõe também de uma Hemeroteca, com uma grande coleção de jornais e revistas do século XIX aos dias atuais. São mais de 200 títulos de jornais, entre os quais destacam-se o Correio Paulistano, Última Hora, Movimento, Opinião e Pasquim, além da coleção de diários oficiais - Diário Oficial do Império do Brasil (1871-1889), Diário Oficial do Brasil (1889-1899) e Diário Oficial do Executivo do Estado de São Paulo (1891-2004).



Há, também, aproximadamente 1.200 títulos e 32 mil exemplares de revistas, que revelam a pluralidade de temas e a efervescência política, econômica e social de São Paulo, de outros Estados e também do exterior.



Desde 2008, o Arquivo Público passou a se responsabilizar pela guarda da coleção de periódicos do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, que reúne mais de 3 mil títulos de jornais, revistas e folhas tipográficas — o maior acervo de Hemeroteca do Brasil em número de títulos.



Nossa biblioteca é formada por extensa bibliografia sobre a história de São Paulo e do Brasil, contando com aproximadamente 45 mil volumes. Compõem o acervo trabalhos acadêmicos e periódicos na área de Ciências Humanas, relatórios de diversas Secretarias de Estado e Ministérios, relatórios imperiais e presidenciais, coleções de leis e decretos, anuários estatísticos e censos.



Política de Doações

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Informação: Curso de História Oral

História oral e memória: O que é e como se faz


O curso acontece aos sábados, nos dias 29/10 e 05/11, em São Paulo

O curso “História oral e memória: O que é e como se faz” tem como propósito capacitar estudantes, professores, profissionais e quaisquer interessados para a realização de projetos de história oral. Para isso, oferece formação teórica e prática, apresentando desde os pressupostos e conceitos fundamentais desta prática como as diferentes técnicas e métodos passíveis de utilização.
Plenamente consagrada como um dos mais interessantes recursos para estudos sobre o tempo presente, a história oral surgiu em 1948 no Oral History Research Office da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. Difundiu-se pelo mundo e, no Brasil, adquiriu características especiais que adaptaram este método à realidade do país.
Como método, a história oral demonstra o valor de toda e qualquer história: reconhece que cada indivíduo é protagonista dos acontecimentos sociais e que mesmo experiências particulares são derivadas de um cenário compartilhado, no qual ressoam. A coleta e reunião de histórias pessoais – que dão a ver a complexidade das experiências que formam a memória e a história coletiva – é um de seus propósitos.
Ao fim do curso, que não exige experiência prévia, os participantes terão reunido as ferramentas essenciais para a confecção de trabalhos de história oral e memória que podem ser aplicados a um sem-número de temas e campos.

Conteúdo

O que é

1. Estudos de memória e a história da história oral no Brasil e no mundo
2. Conceitos fundamentais para o trabalho com história oral
3. A poética e a política da história oral
4. História oral, história pública e autoridade compartilhada

Como se faz

1. História oral, eletrônica, pesquisa e arquivos
O projeto de pesquisa e as modalidades de história oral
2. A entrevista, seus recursos e cenários, técnicas e soluções
3. Tratamento textual e literário das entrevistas
4. Questões éticas e jurídicas na história oral
5. Execução, tratamento, publicação de entrevistas

Serviço:

O que: Curso História oral e memória: O que é e como se faz
Quando: aos sábados, dias 29/out e 05/nov das 15h às 18h30
Onde: Rua Baronesa de Itu, 639 – Santa Cecília – SP (próx. ao metrô Marechal Deodoro)
Investimento: R$ 120,00 - inclui apostila e certificado
Inscrições/informações: historiaoralememoria@gmail.com

Facilitadores

Ricardo Santhiago. Graduado em Jornalismo, especialista em Jornalismo Científico, mestre e doutorando em História Social pela Universidade de São Paulo, onde prepara tese sobre a história oral no Brasil. É pesquisador do MusiMid - Centro de Estudos em Música e Mídia, do GEPHOM - Grupo de Estudo e Pesquisa em História Oral e Memória e do Núcleo de Estudos em História da Cultura Intelectual. Autor dos livros "Solistas Dissonantes: História (oral) de cantoras negras" e "Alaíde Costa: Minha vida é um desafio", entre outras publicações dentro e fora do Brasil. Atua predominantemente nas áreas de história oral, história intelectual, música e literatura no Brasil, comunicações, nas quais tem produção técnica, artística e bibliográfica.

Maria Nilda é Jornalista, consultora nas áreas de Comunicação & Gestão Sociocultural.Já prestou serviços para o Ministério do Meio Ambiente, ONG Saúde Sem Limites, FOIRN – Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro, coordenou a Oficina de Jornalismo Experimental da ONG Papel Jornal/SP. Foi, também, criadora e coordenadora do I Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental e do I Fórum Paulista de Jornalismo Ambiental realizados em São Paulo, entre outros.

domingo, 21 de agosto de 2011

Valorize o Brasil

LEIA COM BASTANTE ATENÇÃO

Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.
Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.
Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.
Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.
Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.
Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de 'Como conquistar o Cliente'.
Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos.
Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa.
Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.
Os dados são da Antropos Consulting:
1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.
2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.
3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.
4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.
5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.
6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.
7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.
8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.
Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.
10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO- 9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.
11. O Brasil é 1º maior mercado de jatos e helicópteros executivos do mundo.

Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?
1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?
2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?
3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?
4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?
5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?
6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?
7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?

Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando..
É! O Brasil é um país abençoado de fato.
Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.
Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.
Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.
Bendita seja, querida pátria chamada
Brasil!!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

3º Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão

 Instituto Vladimir Herzog abre inscrições para o 3o. Prêmio Jovem Jornalista
O concurso é aberto a estudantes de jornalismo de todo o país. Estudantes de São
Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul foram os premiados do ano passado
Estão abertas as inscrições para o 3o. Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco
Jordão. Todos os estudantes de jornalismo do País podem se inscrever pelo site
http://www.vladimirherzog.org/ até o dia 30 de setembro. O Instituto Vladimir Herzog,
idealizador do prêmio, irá custear os dois melhores projetos de pautas com o tema
“Oito objetivos do Milênio”.
Os estudantes desenvolverão uma pauta e darão andamento com a concretização da
reportagem. Essa atividade será custeada pelo Instituto e orientada por um mentor.

Premiados
Premiado 1 - Como os moradores de favelas paulistanas que tiveram suas moradias
incendiadas no ano de 2010 estão sendo atendidos pelo poder público
Estudantes – Rodolfo Blancato de Barros e Eduardo Paschoal de Sousa.
Professor Orientador – Claudio Júlio Tognolli
Universidade de São Paulo – Escola de Comunicação e Artes
Mentor: Gabriel Romeiro, chefe de redação da Globo Rural

- Premiado 2 - Um paciente muito especial: retrato da saúde adolescente no Brasil
Estudante – Lucas de Tommaso Gomes Carvalho
Professor Orientador – Cristiane Henriques Costa
Universidade Federal do Rio de Janeiro – Escola de Comunicação
Mentora: Pâmela Oliveira, repórter especial de Saúde o Jornal O Dia (RJ)

- Premiado 3 - Uma causa, um gesto, um direito para todos
Estudante – Elizângela Maliszewski
Professor Orientador – Deivison Moacir Cézar de Campos
Universidade Luterana do Brasil
Mentor: Jornalista e professor Cláudio Mércio

A iniciativa é uma homenagem a Fernando Pacheco Jordão, jornalista que sempre se
preocupou com os jovens profissionais de imprensa.
Após a entrega das pautas, uma banca julgadora formada por professores irá julgar o
material. Os três melhores projetos serão escolhidos e apresentados ao público no
dia 24 de outubro de 2011, no Teatro Tuca, durante a cerimônia de entrega do 33o

Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos.
Instituto Vladimir Herzog
(11) 2894-6650

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Rosana Schwartz: APOIO A MARCHA DAS MARGARIDAS

Rosana Schwartz: APOIO A MARCHA DAS MARGARIDAS: "Considerada uma das principais mobilizações do sindicalismo rural brasileiro e do movimento das mulheres, a Marcha das Margaridas terá como..."

APOIO A MARCHA DAS MARGARIDAS

Considerada uma das principais mobilizações do sindicalismo rural brasileiro e do movimento das mulheres, a Marcha  das Margaridas terá como lema  neste ano de 2011,  o desenvolvimento sustentável, justiça, autonomia, igualdade e liberdade.

A marcha das Margaridas tem como objetivos, conquistar visibilidade, reconhecimento social e político para as Mulheres do Campo e Floresta.

A Contag apoiadora do movimento, espera reunir, 100 mil mulheres trabalhadoras rurais das diferentes regiões brasileiras em Brasília com a finalidade de propor e negociar políticas públicas específicas para as pessoas que vivem no campo e na floresta, segundo depoimento de Carmen Foro, secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag.

A Marcha das Margaridas foi lançada em 2000 sempre em agosto. Mês em que foi assassinada há 26 anos a líder sindical Margarida Alves. A denominação “Marcha das Margaridas” é uma homenagem à essa sindicalista assassinada em 1983, na frente de seu filho menor, em Alagoa Grande no Estado da Paraíba (PB). O motivo da sua morte foi a luta em defesa dos Direitos de Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais, pelas melhorias da qualidade de vida e trabalho. O episódio transformou-se em símbolo da luta das mulheres camponesas do nosso país por terra, Trabalho, Igualdade, Justiça e Dignidade.

Temos orgulho das Margaridas que lutam por Terra, Trabalho, Igualdade Justiça e Dignidade.
Temos orgulho das nossas “Margaridas” que quebram coco babaçu e vão produzir sabonetes para copa do mundo de 2014!

O país precisa se convencer de que vale a pena dar voz, olhar e investir mais nas margaridas
Na sua última edição, em 2007, a mobilização reuniu em Brasília cerca de 50 mil trabalhadoras rurais de todo o Brasil e a pauta de reivindicação girou em torno de temas como combate à violência, soberania e segurança alimentar e nutricional, terra, água e agroecologia, trabalho, renda e economia solidária, entre outros.
A mobilização é organizada pela Contag.
Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste (MTR-NE),
Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB),
Movimento de Mulheres da Amazônia (MMA),
Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Rede de Mulheres Rurais da América Latina e do Caribe (Redelac)
Coordenação das Organizações dos Produtores Familiares do Mercosul (Cooprofam.

Nacionalmente a Mobilização se dará com o encontro das Caravanas de todas as regiões do País, nos dias 16 e 17 de Agosto de 2011, em Brasília e elas contam com a presença de 100 Mil pessoas marchando, lutando e reivindicando, através da Pauta:

BIODIVERSIDADE E DEMOCRATIZAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS – BENS COMUNS:

Em defesa do patrimônio genético, gestão e manejo sustentável dos bens comuns, da matriz energética sustentável, de uma vida saudável, sem agrotóxicos e transgênicos. Em defesa do agro extrativismo, da terra, da água e da floresta viva.

TERRA, ÁGUA E AGROECOLOGIA:

Na luta pela reforma agrária, o acesso das mulheres a terra, a democratização e racionalidade no uso dos bens comuns, da agroecologia como modo de produzir e se relacionar na agricultura.

SOBERANIA E SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL:

Fortalecimento da agricultura familiar, alimentos saudáveis para a população, a valorização da organização produtiva das mulheres, do comércio justo e solidário e do consumo responsável.

AUTONOMIA ECONÔMICA, TRABALHO, EMPREGO E RENDA:

Em defesa da autonomia econômica das mulheres, dos direitos trabalhistas e previdenciários; apoio à organização produtiva com crédito e assistência técnica; valorização da política nacional salário mínimo; por creches nas comunidades rurais; pela. divisão sexual do trabalho e igualdade no mundo do trabalho,

SAÚDE PÚBLICA E DIREITOS REPRODUTIVOS:

Sistema Único de Saúde (SUS) de qualidade; assistência integral à saúde da mulher; pelo direito ao nosso próprio corpo.

EDUCAÇÃO NÃO SEXISTA, SEXUALIDADE E VIOLÊNCIA:

Por uma educação não sexista, pela autonomia econômica e pessoal, livre orientação sexual e o fim de todas as formas de violência contra as mulheres

DEMOCRACIA, PODER E PARTICIPAÇÃO POLÍTICA:

Democracia plena; pela ampliação da participação das mulheres do campo e da floresta nos espaços de poder e decisão política no país e no MSTTR; reforma política com igualdade para as mulheres.

A Marcha das Margaridas 2011 pretende mobilizar as mulheres para 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, marcada para dezembro (com etapas municipais e estaduais iniciadas desde julho).

A realização desta grande mobilização contribui para o fortalecimento da agenda feminista, principalmente em relação a temas da plataforma das Margaridas, como citamos: saúde, autonomia, bens comuns, soberania alimentar, agroecologia, educação pública e participação política.

A ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, informou que um grupo de trabalho será criado para analisar todos os pedidos feitos pelas margaridas.

Boa Marcha.......

















terça-feira, 9 de agosto de 2011

Evento- Lideranças Políticas

O Núcleo de Estudos em Arte, Mídia e Política (NEAMP), do Programa de Estudos Pós-Graduatdos em Ciências Sociais da PUC/SP convida para o evento “Lideranças Políticas”, que conta com uma série de mesas redondas sobre lideranças políticas para o debate entre os participantes.
Dias 23 e 25 de agosto de 2011
Auditório 100A - Prédio novo - PUC
Para informação complete da programação, acesse o link: http://www.pucsp.br/neamp/eventos/liderancas_politicas.pdf


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Colóquip sobre Violência Doméstica

Nos últimos anos, temos assistido a um esforço para aumentar a ajuda institucional às mulheres em situação de violência com a criação dos Planos Nacionais para a Igualdade e Contra a Violência Doméstica (PNCVD); a criação de mais casas abrigo; a multiplicação de estruturas de atendimento; a formação das polícias; e uma crescente sensibilização pelos profissionais de saúde. Para além destas medidas, as políticas desenvolvidas em Portugal têm passado por uma forte aposta na mudança legislativa. As mulheres são cada vez mais encorajadas pelas diferentes instituições a fazer uma denúncia formal do seu agressor. Mas que ajuda é efectivamente dada a estas mulheres?
É fundamental identificar e caracterizar as instituições presentes nos caminhos percorridos pelas mulheres vítimas de violência doméstica - estatais ou da sociedade civil –, saber em que altura do percurso surgem, analisar o seu modo de funcionamento, perceber que mecanismos de articulação, formais e informais, estabelecem entre si, avaliar os problemas que persistem e os desafios que se colocam no presente e para o futuro.

Este Colóquio procura, assim, reflectir sobre o papel do Estado e da sociedade civil na ajuda às mulheres em situação de violência doméstica, e no modo como as instituições se articulam, dialogam e estabelecem, ou não, dinâmicas de acção capazes de agilizar processos que contribuam para uma superação das estruturas e relações sociais que fomentam ou perpetuam a violência sobre a mulher.

Reunindo profissionais e investigadores/as de diferentes áreas, procuraremos, neste Colóquio, contribuir para a discussão sobre as medidas necessárias a adoptar em prol de um itinerário institucional eficaz, célere,
digno e justo desde a denúncia até à decisão judicial, sem esquecer o pós-decisão judicial.
Este Colóquio inclui blocos de sessões abertas à apresentação de comunicações. As comunicações devem ­reportar-se ao tema geral do evento, apresentando resultados de investigação, reflexões teóricas ou propostas interpretativas que contribuam para um debate abrangente sobre o retrato da violência doméstica em Portugal, bem como aos dilemas e desafios que se colocam ao Estado e à Sociedade Civil no combate a este problema.

Pretende-se que estas sessões proporcionem uma discussão transdisciplinar, cruzando olhares a partir das diversas áreas disciplinares.­­­­­

*Prazos e condições de submissão de propostas*
O prazo para apresentação de comunicações decorre até *20 de Setembro de 2011*. Os/as autores/as serão informados/as sobre a aceitação das suas propostas até 1 de Outubro de 2011. As propostas de comunicações devem ser enviadas para o ces@ces.uc.pt

Áreas temáticas*:
– Políticas de prevenção e combate à violência contra as mulheres
– Movimentos de mulheres e violência doméstica
– Violência doméstica e famílias
– Violência doméstica e interseccionalidade
– Violência doméstica no olhar dos media
– O Direito e a Violência doméstica
– As respostas da Saúde à violência doméstica
– Violência doméstica e deficiência

quarta-feira, 29 de junho de 2011

lançamento do Livro: Mulheres de Fé - Autora e Organizadora Rosana Schwartz dia 11 de agosto na livraria Saraiva do Shopping Higienópolis.

http://www.travessa.com.br/Rosana_Schwartz/autor/77114A83-C9B2-41C7-B34F-5B017C4207DA

Dar vozes as mulheres imigrantes norte-americanas protestantes no Brasil, quase sempre colocadas ás sombras de seus maridos, não foi tarefa fácil. Pioneiras, enquanto missionárias e educadoras, criaram e recriaram um novo clima educacional nos trópicos, transitaram entre valores positivistas, liberais e escravocratas, proporcionaram espaço civilizacional em um período de transição de uma organização social elitista e oligárquica, baseada na escravidão para uma nova sociedade de citizens (transição incompleta até hoje). A nova pátria, rústica, longínqua e “exótica” de que já tinham notícia desde a Guerra Civil, serviu de espaço renovado para os desdobramentos do empenho social que atravessava as mentes mais inquietas dos Estados Unidos de então, baseado no impulso do chamado Destino Manifesto. Ou seja, vir para o Brasil para missionar constituía para elas uma parte da missão civilizadora que, desde os pais-fundadores da Nação (os founding fathers), impregnava os projetos e anseios que, de um modo ou de outro – mas sempre entusiasticamente – animavam esses protestantes, em busca e na construção de novas fronteiras da Cristandade. Convidamos os leitores a acompanhar nestas páginas as vicissitudes, os sonhos e as experiências dessas bravas mulheres de fé.

domingo, 5 de junho de 2011

Celebre o Dia Mundial do Meio Ambiente com os animais!

 Junte-se a nós e multiplique esta ideia.
O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado em 5 de junho. A data foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972, durante a primeira conferência internacional para a proteção do meio ambiente, em Estocolmo, na Suécia. Desde então, ocorreram diversas outras reuniões intergovernamentais, entre elas, a famosa Eco92, no Rio de Janeiro.
Agora, estamos a um ano da Rio +20, a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorrerá de 4 a 6 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. Chefes de estado, cientistas, representantes da sociedade civil e ONGs do mundo inteiro debaterão os avanços conquistados internacionalmente, as dificuldades enfrentadas, os problemas emergentes e definirão os próximos passos relativos à proteção ambiental.
É importante lembrarmos que o meio ambiente e os animais, incluindo o ser humano, estão intimamente ligados. Os animais silvestres não existem sem as florestas e matas, e os biomas não sobrevivem sem a fauna. E a existência humana pode tornar-se inviável no planeta sem as outras formas de vida.
Mas as discussões devem incluir também os animais de produção e os impactos ambientais dessas atividades. A criação humanitária, que promove o bem-estar animal e ocorre em harmonia com o meio ambiente, diminui esse impacto e contribui para a sustentabilidade na cadeia de produção de alimentos.
Além disso, os crescentes desastres ambientais resultantes das mudanças climáticas envolvem também a vida animal. Além do sofrimento individual dos animais silvestres, de produção ou de companhia, famílias que dependem financeiramente dos animais de produção se desestruturam financeiramente. E as pessoas sofrem com a perda afetiva causada pela morte de seus cães e gatos.
Por esses motivos, a WSPA acredita que o bem-estar animal está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento sustentável e trabalha para a inclusão dos animais nas discussões da Rio +20.
Junte-se a nós, multiplique essa ideia.
Compartilhe esta notícia:

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Câmara aprova novo Código Florestal e anistia desmatadores

Matéria de Feplipe Prestes
Câmara aprova novo Código Florestal e anistia desmatadores

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (24) o novo Código Florestal. O texto teve 410 votos favoráveis e 63 contrários, além de uma abstenção. O PT decidiu votar a favor do novo código, esperando assim conseguir barganhar a rejeição da emenda 164, que permite a manutenção de toda a atividade agropastoril, consolidada até julho de 2008 em áreas de preservação permanente (APPs). Ainda assim, o partido não conseguiu evitar a aprovação da emenda, que foi também uma derrota da presidenta Dilma Rousseff, e representou um racha entre as bancadas de PT e PMDB.
De um lado, o líder do PMDB, Henrique Alves (RN), se tornou a estrela da noite entre os ruralistas, ao peitar os petistas. “Sou do governo de Michel Temer e do governo da presidenta Dilma. Sou do governo do PT e do governo do PMDB. Não aceito que se diga que aqui se está derrotando o governo”. Do outro lado, o líder do governo, Cândido Vacarezza (PT-SP), que já havia declarado que a presidenta Dilma Rousseff considerava uma “vergonha” a anistia aos desmatadores, defendia a rejeição da emenda, com um discurso que não soou bem nem entre os petistas. “A Casa (Câmara) fica sob ameaça quando o governo é derrotado”, chegou a dizer o parlamentar.
Henrique Alves chegou a peitar os ministros de seu partido, dizendo que eles não deveriam tentar convencê-los a aderir à posição da presidenta. “Antes de serem ministros, vocês são ministros do meu partido. Esse é o momento de essa Casa se afirmar”, disse.
A emenda 164 foi aprovada por 273 votos a favor e 182 contra, além de duas abstenções. Ao contrário do texto principal do código, esta emenda dividiu várias bancadas. Até mesmo alguns deputados do PP, partido mais marcadamente ruralista no Congresso, rejeitaram a proposta. As bancada mais maciçamente favoráveis à emenda foram as de PMDB, PC do B e DEM, ambas tiveram apenas um deputado cada se opondo à proposta. A bancada do PT, por sua vez, teve apenas um voto a favor. As bancadas de PV e PSOL votaram inteiras contra a emenda 16. Esta emenda também autoriza os estados a legislarem, definindo critérios ainda mais frouxos para anistiar a ocupação de áreas de preservação permanente.
Quanto ao texto do novo Código Florestal, apenas as bancadas de PSOL e PV recomendaram voto contrário à proposta. A bancada do PT rachou – 35 dos 81 votos do partido foram contra a mudança no código. O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) classificou o relatório como “criminoso” e desqualificou a discussão que foi feita sobre o tema na Câmara: “Esse relatório é de uma desonestidade intelectual abissal.

Não precisaria ser assim. Teria sido possível, mediante uma discussão séria, se chegar a um consenso nessa Casa”, disse.

Radiante, a líder ruralista Kátia Abreu (DEM, mas que vai para o PSD) afaga o ministro da Agricultura, Vágner Rossi (PMDB) (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Um dos petistas que votou contra o novo Código Florestal e contra a emenda 164, o deputado Fernando Marroni (PT-RS) se manifestou no Twitter, onde foi felicitado por vários militantes de esquerda, apesar da derrota. Ele aposta que a situação pode ser revertida no Senado, para onde será encaminhada a matéria, ou com o veto de Dilma Rousseff. “Emenda 164 aprovada. Votei contra. Piorou o que já era horrível. Vamos tentar virar o jogo no Senado ou com a Dilma”, declarou na rede social.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), por sua vez, questionou as intenções daqueles que aprovaram o novo Código. “A Monsanto e outras grandes empresas podem ter financiado alguns aqui. Vamos ver quem é quem. Diz-me quem te financias e te direi que interesses você vai defender em seu mandato”, disse. O PSOL deve apresentar Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a derrubada das mudanças do Código Florestal.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

INFORMAÇÕES ÚTEIS

Unicamp lança portal de conteúdos educacionais


28/04/2011

Agência FAPESP – A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) lançou no dia 25 o OpenCourseWare (OCW) Unicamp, portal desenvolvido para hospedar conteúdos das disciplinas dos cursos de graduação em formato digital, originários de disciplinas de cursos de graduação da universidade.



O objetivo da iniciativa é disponibilizar para a sociedade, de forma gratuita, materiais como textos, fotos, animações, apostilas e vídeos. O serviço já conta com 12 disciplinas de diferentes áreas do conhecimento.



“Para a Unicamp, é muito importante tornar esses conteúdos acessíveis à comunidade acadêmica e à sociedade em geral. Temos convicção de que cada vez mais professores se interessarão pelo uso dessa ferramenta”, disse o reitor Fernando Ferreira Costa.



A Unicamp é a primeira universidade pública do Brasil a contar com o OCW. A criação do portal começou a ser formatada há pouco mais de dois anos, por meio de um acordo com a Universia Brasil. Na oportunidade, o objetivo era lançar a ferramenta com dez disciplinas disponíveis.



“Assim que a atual administração assumiu, demos impulso ao projeto. Não foi uma tarefa trivial criar uma plataforma que contasse com recursos de edição simples e que observasse questões importantes como o respeito ao direito autoral”, disse Marcelo Knobel, pró-reitor de Graduação.



O trabalho de concepção da ferramenta ficou a cargo da Pró-Reitoria de Graduação, em conjunto com o Grupo Gestor de Tecnologias Educacionais (GGTE).



O acesso aos dados disponíveis poderá ser realizado de forma livre e sem custo. Não haverá necessidade de inscrição ou do cumprimento de outras formalidades. Entretanto, o usuário terá que estar de acordo com as condições previstas nos termos de Uso do serviço.



“No momento da publicação, o GGTE confere com o docente se os direitos autorais relativos aos materiais que compõem a aula foram observados. Se houver alguma dúvida, nós adiamos a publicação até que esse ponto seja devidamente esclarecido”, explicou o coordenador do grupo, José Armando Valente.



“Essa ferramenta certamente mexerá com uma série de situações, inclusive com métodos pedagógicos. O desafio que fica aos professores é fazer com que os conteúdos de suas aulas também possam ser aprendidos a distância”, disse Ricardo Fasti, diretor-geral da Universia Brasil.



A estrutura do OpenCourseWare Unicamp segue uma tendência mundial que possibilita ampliar a relação institucional com a comunidade, a exemplo do que ocorre no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, por meio do projeto MIT OpenCourseWare.



OpenCourseWare Unicamp: www.ocw.unicamp.br

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Política e Poder

A ciência política nasceu de grandes reflexões teóricas desde a Antiguidade, acrescidas de contribuições teóricas durante séculos.
Dessas contribuições surgiram interpretações e  noções de "Poder", difuso, personalizado, privado ou  institucionalizado, assim como a de "Política" com suas diversas formas de Estado, Governos, Democracias, Representações e Partidos.
Todos esses conceitos merecem ser mais problematizadas para a compreensão das atitudes da classe política e suas composições na contemporaneidade. A formação psicossociológica dessa classe, sua  função, o processo de formação de lideranças, são pontos fundamenatis. Alguns estudos tem surgido relendo e recriando pontos de vistas que envolvem o assunto. Um movimento, quase isolado ou pontual, entretanto com qualiadades significativas.  Entre os "novos" estudos que tem surgido,  destaco a pesquisa do jornalista Gabriel Leão, que problematiza todas essas questões alinhando imagens e representações de algumas lideranças da política brasileira, em especial da cidade de São Paulo, na mídia. A ciência política é o estudo do fato político e das ações e situações relativas a formação, estrutura ou atividade do poder e a análise dos aspectos particulares/públicos desses persnagens em sua vida e traetória política cotidiana é de extrema importância para o estudo da ciência política e sociedade.

Vivemos hoje um fantástico momento histórico. E aconteceu porque os jovens em todo o mundo decidiram que, para eles, basta. Os jovens estão em rebelião – e é mais que hora!

Caras e Caros a força dos estudantes é maior do que eles mesmos pensam. No Estado de Wisconsin, EUA saíram às ruas contra um projeto para cortar direitos trabalhistas dos funcionários públicos do Estado.

Sobre esse episódio Michael Moore escreveu: "Os adultos jovens, em todos os cantos do mundo, principalmente no Oriente Médio, tomaram as ruas e derrubaram ditaduras. E, isso, sem disparar um único tiro. A coragem deles inspira outros. Vivemos hoje momento de imensa força, nesse instante, uma onda empurrada por adultos jovens está em marcha e não será detida",
Como um "mini" maio de 68, estudantes unidos aos trabalhadores, no caso servidores públicos realizaram protestos sábado (19) em frente ao Capitólio do estado norte-americano do Winsconsin, na cidade de Madison. Já são cinco dias de manifestações contra um projeto de lei apresentado pelo novo governador, o republicano Scott Walker. O objetivo do projeto é cortar gastos do orçamento estadual através da supressão de direitos trabalhistas em todo o Estado. O suposto equilíbrio das contas do Estado ocorreria com a anulação dos convênios coletivos com os funcionários públicos.
Observando as manifestações de estudantes no mundo neste início de 2011 e principalmente est episódio, o cineasta Michael Moore enviou uma carta aberta soicitando a continuaçã das ações e que se rebelem ainda mais. Segue a carta:

Caros Estudantes:

Que inspiração, a de vocês, que se uniram aos milhares de estudantes das escolas de Wisconsin e saíram andando das salas de aula há quatro dias e agora estão ocupando o prédio do State Capitol e arredores, em Madison, exigindo que o governador pare de assaltar os professores e outros funcionários públicos !

Tenho de dizer que é das coisas mais entusiasmantes que vi acontecer em anos.

Vivemos hoje um fantástico momento histórico. E aconteceu porque os jovens em todo o mundo decidiram que, para eles, basta. Os jovens estão em rebelião – e é mais que hora!

Vocês, os estudantes, os adultos jovens, do Cairo no Egito, a Madison no Wisconsin, estão começando a erguer a cabeça, tomar as ruas, organizar-se, protestar e recusar a dar um passo de volta para casa, se não forem ouvidos. Totalmente sensacional!!
O poder está tremendo de medo, os adultos maduros e velhos tão convencidos que que fizeram um baita trabalho ao calar vocês, distraí-los com quantidades enormes de bobagens até que vocês se sentissem inpotentes, mais uma engrenagem da máquina, mais um tijolo do muro. Alimentaram vocês com quantidades absurdas de propaganda sobre “como o sistema funciona” e mais tantas mentiras sobre o que aconteceu na história, que estou admirado de vocês terem derrotado tamanha quantidade de lixo e estejam afinal vendo as coisas como as coisas são.

Fizeram o que fizeram, na esperança de que vocês ficariam de bico fechado, entrariam na linha e obedeceriam ordens e não sacudiriam o bote. Porque, se agitassem muito, não conseguiriam arranjar um bom emprego! Acabariam na rua, um freak a mais. Disseram que a política é suja e que um homem sozinho nunca faria diferença.

E por alguma razão bela, desconhecida, vocês recusaram-se a ouvir. Talvez porque vocês deram-se conta que nós, os adultos maduros, lhes estamos entregando um mundo cada vez mais miserável, as calotas polares derretidas, salários de fome, guerras e cada vez mais guerras, e planos para empurrá-los para a vida, aos 18 anos, cada um de vocês já carregando a dívida astronômica do custo da formação universitária que vocês terão de pagar ou morrerão tentando pagar.

Como se não bastasse, vocês ouviram os adultos maduros dizer que vocês talvez não consigam casar legalmente com quem escolherem para casar, que o corpo de vocês não pertence a vocês, e que, se um negro chegou à Casa Branca, só pode ter sido falcatrua, porque ele é imigrado ilegal que veio do Quênia.
Sim, pelo que estou vendo, a maioria de vocês rejeitou todo esse lixo. Não esqueçam que foram vocês, os adultos jovens, que elegeram Barack Obama. Primeiro, formaram um exército de voluntários para conseguir a indicação dele como candidato. Depois, foram as urnas em números recordes, em novembro de 2008.

Vocês sabem que o único grupo da população branca dos EUA no qual Obama teve maioria de votos foi o dos jovens entre 18 e 29 anos? A maioria de todos os brancos com mais de 29 anos nos EUA votaram em McCain – e Obama foi eleito, mesmo assim!

Como pode ter acontecido? Porque há mais eleitores jovens em todos os grupos étnicos – e eles foram às urnas e, contados os votos, viu-se que haviam derrotado os brancos mais velhos assustados, que simplesmente jamais admitiriam ter no Salão Oval alguém chamado Hussein. Obrigado, aos eleitores jovens dos EUA, por terem operado esse prodígio!

Os adultos jovens, em todos os cantos do mundo, principalmente no Oriente Médio, tomaram as ruas e derrubaram ditaduras. E, isso, sem disparar um único tiro. A coragem deles inspira outros. Vivemos hoje momento de imensa força, nesse instante, uma onda empurrada por adultos jovens está em marcha e não será detida.

Apesar de eu, há muito, já não ser adulto jovem, senti-me tão fortalecido pelos acontecimentos recentes no mundo, que quero também dar uma mão.

Decidi que uma parte da minha página na Internet será entregue aos estudantes de nível médio para que eles – vocês – tenham meios para falar a milhões de pessoas. Há muito tempo procuro um meio de dar voz aos adolescentes e adultos jovens, que não têm espaço na mídia-empresa. Por que a opinião dos adolescentes e adultos jovens é considerada menos válida, na mídia-empresa, que a opinião dos adultos maduros e velhos?

Nas escolas de segundo grau em todos os EUA, os alunos têm ideias de como melhorar as coisas e questionam o que veem – e todas essas vozes e pensamentos são ou silenciadas ou ignoradas. Quantas vezes, nas escolas, o corpo de alunos é absolutamente ignorado? Quantos estudantes tentam falar, levantar-se em defesa de uma ou outra ideia, tentar consertar uma coisa ou outra – e sempre acabam sendo vozes ignoradas pelos que estão no poder ou pelos outros alunos?

Muitas vezes vi, ao longo dos anos, alunos que tentam participar no processo democrático, e logo ouvem que colégios não são democracias e que alunos não têm direitos (mesmo depois de a Suprema Corte ter declarado que nenhum aluno ou aluna perde seus direitos civis “ao adentrar o prédio da escola”).

Sempre fico abismado ao ver o quanto os adultos maduros e velhos falam aos jovens sobre a grande “democracia” dos EUA. E depois, quando os estudantes querem participar daquela “democracia”, sempre aparece alguém para lembrá-los de que não são cidadãos plenos e que devem comportar-se, mais ou menos, como servos semi-incapazes. Não surpreende que tantos jovens, quando se tornam adultos maduros, não se interessem por participar do sistema político – porque foram ensinados pelo exemplo, ao longo de 12 anos da vida, que são incompetentes para emitir opiniões em todos os assuntos que os afetam.

Gostamos de dizer que há nos EUA essa grande “imprensa livre”. Mas que liberdade há para produzir jornais de escolas de segundo gráu? Quem é livre para escrever em jornal ou blog sobre o que bem entender? Muitas vezes recebo matérias escritas por adolescentes, que não puderam ser publicadas em seus jornais de escola. Por que não? Porque alguém teria direito de silenciar e de esconder as opiniões dos adolescentes e adultos jovens nos EUA?

Em outros países, é diferente. Na Áustria, no Brasil, na Nicarágua, a idade mínima para votar é 16 anos. Na França, os estudantes conseguem parar o país, simplesmente saindo das escolas e marchando pelas ruas.

Mas aqui, nos EUA, os jovens são mandados obedecer, sentar e deixar que os adultos maduros e velhos comandem o show.
Vamos mudar isso! Estou abrindo, na minha página, um “JORNAL DA ESCOLA” [orig. "HIGH SCHOOL NEWSPAPER", em http://mikeshighschoolnews.com/]. Ali, vocês podem escrever o que quiserem, e publicarei tudo. Também publicarei artigos que vocês tenham escrito e que foram rejeitados para publicação nos jornais das escolas de vocês. Na minha página vocês serão livres e haverá um fórum aberto, e quem quiser falar poderá falar para milhões.

Pedi que minha sobrinha Molly, de 17 anos, dê o pontapé inicial e cuide da página pelos primeiros seis meses. Ela vai escrever e pedirque vocês mandem suas histórias e ideias e selecionará várias para publicar em MichaelMoore.com. Ali estará a plataforma que vocês merecem. É uma honra para mim que se manifestem na minha página e espero que todos aproveitem.

Dizem que vocês são “o futuro”. O futuro é hoje, aqui mesmo, já.
Vocês já provaram que podem mudar o mundo.
Aguentem firmes.
É uma honra poder dar uma mão.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Violência Doméstica - Pare com isso já!

As últimas pesquisas sobre violência doméstica apontam que 1,3 milhões de brasileiras continuam sofrendo abusos dentro de suas casas. Numericamente esses dados significam que a cada dia, mais de 3,5 mil agressões são realizadas. Estima-se que 2,7 milhões de mulheres são agredidas cotidianamente, que quase metade dos homens (48%) conhecem ou são amigos de alguém que já bateu em alguma mulher. A Lei Maria da Penha, promoveu redução no número de brasileiras agredidas, mais ainda não desconstruiu esse tipo de comportamento.

Centro de Estudos e Pesquisas do Desenvolvimento da Sexualidade Humana destaca:
O homem agressor possui a idéia de que a mulher é sua propriedade. E convive com um ciúme obsessivo – demonstra ter grande dificuldade de lidar com "frustrações".É aquele que não admite estar errado e "impõe-se pela força física". Sempre tem razão ...... senão bate na pessoa que discorda da sua opinião. São pessoas que transformam a mulher em válvula de escape para suas frustrações, dificuldades sexuais  pela auto-imagem frágil.

A mulher que apanhou alguma vez e continua a apanhar espera, muitas vezes, que o seu parceiro "mude com o tempo......

O que fazer? Onde buscar ajuda?

A lei Maria da Penha nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, dispõe sobre mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Sendo assim, DENUNCIE. Outros caminhos aliados à denúncia são:

• Procurar ajuda na família

Em muitos casos a ajuda da família pode ser valiosa, pelo simples fato da situação agressiva não estar encoberta.

A ajuda da família do agressor pode ser de grande valia pois, os pais tem certa força hierárquica sobre o agressor.

• Procurar ajuda profissional

Procurar este tipo de ajuda é sempre uma boa medida pois, grande parte dos agressores tem certa consciência sobre sua falha e podem aceitar esta ajuda.

• Procurar um líder religioso

Pode ser uma saída em vários casos pois, além do fato de eles estarem habilitados para este tipo de situação, tem também o fator hierárquico. Esta pode ser uma forma de "refazer o plano de vida".

• Procurar um psicoterapeuta

É o profissional mais habilitado para estes tipos de casos. Em especial os de formação para "Terapia de casais". Na terapia de casais, aprende-se a refazer o plano de vida e superar a dificuldades que levam à agressão.



• Procurar um advogado

Quando todas as outras possibilidades forem esgotadas, esse é o jeito. Esta procura deve ser usada na organização de um processo de separação. Em muitos casos a separação acaba sendo válida, pois a manutenção de uma vida a dois, marcada por situações de violência é ruim para a mulher e péssima para a formação dos filhos, os que mais sofrem com este tipo de situação.

• Procurar centros de ajuda comunitária

São clínicas de atendimento gratuito, grupos de apoio comunitário, "Delegacia da Mulher”, clínicas de universidades, e outros locais onde encontrar ajuda. Referências:

Texto- Donna Doida: Mulher ...apanhando do seu parceiro? Pare com isso já! http://lapoderosanana.blogspot.com/2011/02/mulherapanhando-do-seu-parceiro-pare_22.html



http://bit.ly/hZMerd

http://bit.ly/9mx9j

Vide http://bit.ly/1qyhhf e http://bit.ly/gqPIIR

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Campanha - “Proteja as nossas crianças e adolescentes. Violência sexual é Crime. Denuncie. A Bola está com você”,

Pessoal vamos trabalhar juntos para Combater à violência sexual contra crianças e adolescentes, principalmente durante o carnaval de 2011


Durante o carnaval 2011 será exposta uma campanha com o objetivo de promover reflexões em torno do problema da exposição do corpo na mídia e violência sexual contra adolescentes e crianças.

Intenta-se sensibilizar a população de modo geral para questionamentos sobre a importância do problema e incentivar a denúncia. Por meio do slogan: “Proteja as nossas crianças e adolescentes. Violência sexual é Crime. Denuncie. A Bola está com você”, a Secretaria de Direitos Humanos (SDH), Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e órgãos parceiros irão lançar nacionalmente (sexta-feira - 25/02), no Aeroporto do Galeão/Rio de Janeiro a campanha conscientizadora sobre o sexismo e uso do corpo na mídia e a exploração sexual de crianaças e adoescentes .

Pretende-se realizar sensibilização para atrair a mídia para o debate em torno do tema da violência sexual contra crianças de adolescentes e a proteção dos seus direitos humanos, com ênfase no enfrentamento da violência sexual. As atividades de sensibilização serão realizadas durante o período pré-carnavalesco com foco na prevenção, além das mobilizações durante todo o Carnaval, para a divulgação dos canais de denúncia: Disque 100 e o Conselho Tutelar em cada estado.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pesquisas afirmam que brasileiros possuem ancestralidade mais europeia do que africana ou ameríndia.

Pessoal...... segundo pesquisas recentes européias publicadas na Revista Científica PloS, os brasileiros são geneticamente muito mais europeus do que ameríndios ou africanos. Formada pelas matrizes ancestrais, ameríndia, europeia e africana, a população brasileira acreditava ser extremamente heterogênea, entretanto, segundo este estudo são muito mais homogêneos do ponto de vista de sua ancestralidade. Costatação que desconstroi preconceitos e conceitos baseados na definição de indivíduos pela cor da pele, dos olhos e tipo de cabelos.


A pesquisa mediu a ancestralidade de alguns grupos sociais brasileiros, a partir de sua genética e os dados revelaram uma porcentagem européia muito maior do que se imaginava. Vale ressaltar que esse fato foi apresentado em todas as regiões do Brasil. A ancestralidade europeia é dominante, com percentuais que variam de 60,6% no Nordeste a 77,7% no Sul. Muitas pessoas que acreditavam ser preponderantemente “negras” ( por causa da cor da pele), pelos novos estudos e critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) possuem uma alta ancestralidade branca. Esse fato ocorre por causa da política de “ branqueamento” e "europeização" do Brasil do fim do século XIX. Com a necessidade de desenvolver as relações de trabalho livre, idéias liberais e crescimento do país em direção ao que se entendia por progresso, diversos fluxos imigratório de trabalhadores europeus para o campo e cidade propiciaram o contato e relações entre nacionais e estangeiros.

Em muitas regiões do país nacionais e europeus moraram juntos. Bairros, vilas operárias, cortiços, e casarões compounham a paisagem dos locais de moradia desses trabalhadores. Esse  fato somado ás condições imaginárias da existência de uma maior capacidade civilizatória propocionada pelos sujeito europeus,  contrubiu para que o projeto das elites brasileras  em branquear o brasileiro desse certo.  A flexibilidade de miscigenar do brasileiro já era conhecida, adquirida da matriz lusa, facilitava o contato e as relações interaciais. Pelo visto o "branqueamento" acabou ocorrendo e dando resultados positivos, brasileiros são mais europeus do que imaginavam. Não obstante, deixo a seguinte questão: Será que essa costatação irá contribuir para desconstruir de fato precoceitos ou afirmará e consolidará ainda mais os existentes?

http://www.youtube.com/watch?v=_aPYuKiKFMg&feature=player_embedded

http://www.youtube.com/watch?v=EM6al58W99o&NR=1&feature=fvwp

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Pós-modernidade, identidades e diferenças.

As sociedades pós-modernas estão se transformando estruturalmente após perda do sentido de si mesmas na modernidade.
Deslocamentos ou descentramentos do sujeito foram sentidos objetivamente e subjetivamente. Esse movimento histórico constitui uma crise de identidade que ressignifica comportamentos, olhares e saberes no cotidiano e tansforma o tempo e o espço- os deslocamentos do sistema social. Processo que representa transfomação da própria pós-modernidade.
O sujeito iluminista centrado, unificado, cartesiano não existe mais, assim como, o sujeito moldado pelos diálogos culturais locais, nacionais. A pós-modernidade caracteriza-se pela celebração do movimento, pela multiplicação das representações e sistmas de significados culturais, pelas múltiplas identidades, pelas descontinuidades.
A sociedade está sendo cada vez mais descentrada, deslocada e caracterizanda pelas variadas diferenças.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Imagem corporal: corpo, beleza e relações de poder.

A compreensão sobre o conceito beleza e de Imagem Corporal relaciona-se á história, culturas locais e globais – relações de poder, ás imagens, às representações, aos simbolismos, subjetividades e aos padrões naturais e construídos pelo próprio homem em seu cotidiano.

Cada cultura constrói sua imagem de corpo e de beleza, constroem padrões, mutáveis em cada momento histórico, de acordo com diversos interesses, políticos, econômicos, sociais, científicos entre outros. Esses padrões se instituem em maneiras próprias de ver e de viver o corpo.

O culto ao corpo não é algo do mundo pós-moderno, sempre esteve presente na história, marca distinções sociais, modos alimentares, vestuários e cuidados com a saúde, assim, o corpo e a beleza não podem ser vistos simplesmente como uma questão de “linguagem”, possui dimensão subjetiva, modos de distinguir os indivíduos e encontra-se ligado a padrões matemáticos - ordem que o cérebro procura no mundo e ás relações de poder.

Beleza pode ser entendida por harmonia, simetria e equilíbrio esses aspectos estão associados á saúde - direcionam o senso estético em cada período da história.

A Forma e padrão na natureza são apropriados indivíduo, pelos poderes e interesses econômicos, políticos, ideológicos, etc....
Beleza é a forma com que o pensamento se estrutura:
Antiguidade- simetria, harmonia, equilíbrio - proporção áurea ou “proporções divinas” = a beleza clássica. (mística e simbólica por ser da natureza). Utilizada para definir beleza. A saúde da alma, existia através da busca do conhecimento, da compreensão da natureza das coisas, da harmonia e da beleza . Os gregos valorizavam, a beleza, o prazer e a felicidade e afirmavam que o homem não havia nascido para o sofrimento, mas sim, para a expressão desses valores que se realizam na felicidade.

Idade média - proporção áurea continuam, pois são da observáveis na natureza – matemática e catedrais - arquitetura/construções com as mesmas proporções dos sons, etc.... A idéia de fertilidade imposta como contraponto de uma época de matanças ocorridas nas cruzadas, trazia uma mulher de quadril largo e ventre avolumado considerada a mais bela.

Renascença – As proporções do corpo humano substituem as dos outros elementos da natureza, mas curiosamente são as mesmas - o ideal de beleza clássico foi apropriado pela burguesia somado ao padrão “gordinha”, sinônimo de beleza, pois demonstrava que a família da referida mulher era abastada. Os padrões de beleza são modificados a cada época. Assim,  durante longo tempo, mulher bonita era a que tinha formas arredondadas. Essas formas foram fonte de inspiração para muitos pintores renascentistas e para a arte nouveau no século XIX. "Um choque muito grande para os padrões do final do século XX e início do século XXI".

Na sociedade moderna- Na década de 20 o padrão clássico propaga-se por meio do cinema - Greta Garbo - e mais tarde pelo rosto da sueca Ingrid Bergman e pela latina/ mexicana Maria Félix. Com Audrey Hepburn o padrão muda, valorizando a mulher magra e esguia e a beleza agressiva, sensual -Edna Purviance. O tipo sensual vai ganhando espaço, com Rita Hayworth e Sofia Loren. As mulheres com mais curvas como a norte- americana Marlyn Monroe marcam os anos 50 acentuando coxas e seios fartos. Os anos 60 e 70 têm como padrão a francesa Brigitte Bardot, famosa pelas suas curvas e lábios carnudos. Em meados da década de 60, o padrão de beleza sarado é inaugurado Raquel Welch, mais tarde consolidado com Cindy Crawford. Nascia a era das tops models. Os anos 90, refomulam o conceirto com Kate Moss para as andróginas, deixando personificar o padrão de beleza totalmente avesso aos moldes anteriores. A beleza relaciona-se cada vez mais aos padrões de magreza impostos pela indústria da moda, a fim de atender as necessidades do fashion business por valorizar a roupa e, por consequência, vender mais. A top Gisele Bündchen torna-se o padrão globalizado de beleza com seus 52kg em 1.80 de altura. Representa saúde, dinamismos, modernidade, longe do que foi a modelo Cindy Crawford, top dos anos 80 com 57kg em 1.77m de altura. Os padrões curvilíneos foram substituídos para um arquétipo mais andrógeno.

Pós-moderna à idéia de consumo - Fornece oportunidade de crescimento para o “mercado do músculo”, para indústrias de aparelhos de musculação, cirurgias plásticas, para os produtos de beleza, ou seja, ao consumo de bens e serviços destinado à “manutenção do corpo ideal”. Gastos compulsivos, alimentação de baixa caloria, cuidados com a pele, vestuário acompanham o processo de valorização desses “corpos musculosos”, ou seja, corpo e consumo exacerbado intimamente ligado so sucesso profissional, a felicidade e ao dinheiro.

Como vimos, os corpos são auto-avaliados e reavaliados continuamente na vida cotidiana e as pessoas aprendem a avaliar seus corpos e os dos outros desde criança, através da interação ambiente e mídia. O olhar para o que é considerado belo é imposto de forma coercitiva, não direta. Os sujeitos são pressionados simbolicamente por meio de inúmeras circunstâncias a concretizar no seu corpo, o “corpo ideal” considerado perfeito naquele momento histórico pela mídia. A beleza é uma criação sociocultural e no corpo se inscrevem idéias, crenças, culturas e as imagens que se fazem dele. Se a imagem dominante em um momento histórico for a valorização das pessoas magras, emagrecer será o ideal de todos, se for da pessoa sarada, musculosa das academias de ginástica, assim será. Aqueles que não conseguem chegar aos padrões impostos desejados sofrem muito para serem incluídas no social, processo de impacto extremamente negativo que afeta a auto-imagem dos sujeitos. A imagem corporal fora dos padrões, envelhecida ou em desacordo, determinam aparecimentos de baixa auto-estima, depressão e sofrimentos. Nossos corpos estão sujeitos aos saberes/poderes e estes criam processos de identificação. A auto-imagem está relacionada aos padrões impostos pela mídia. As pessoas se sentem obrigadas a terem o corpo magro ou musculoso, atrativo, em forma e jovem durante a vida toda. Experimenta a todo momento uma aprovação social de sua conduta e forma estética.

O homem acaba vivendo o seu corpo não a sua maneira e vontade, mas a dos outros. O corpo tem que aprender a comportar-se conforme regras e técnicas estabelecidas pela sociedade e a beleza corporal é definida por modelo estético padronizado comercialmente.

Os meios de comunicação encarregam-se de criar desejos comuns e reforçar imagens desejáveis para esse corpo, padronizando-os segundo as relações de poder. Assim, os corpos que se vêem em desacordo com os padrões de medidas, determinados pelas mídias da época, sentem-se insatisfeitos, frustrados, incomodados. Quanto mais perto o corpo estiver da juventude,do que se considera belo, da boa forma, mais alto é seu valor de troca.

Hoje, um corpo esculpido, com músculos bem torneados, significa mais do que um índice de boa saúde, é o resultado de uma cadeia de interesses. Por trás de cada fibra enrijecida estão milhões de reais, euros, dólares gastos em aparelhos de ginástica, programas de condicionamento físico, anabolizantes, etc.
A mídia estipula o que é um corpo atraente e saudável, e conseqüentemente provoca com que uma parte de nossa sociedade se lance na busca dessa aparência física idealizada.

A imagem veiculada pela mídia usa corpos de homens e mulheres com “Músculos perfeitos” impulsionando para as imagens de seres perfeitos, para comprar produtos que levam para esse ideal.O músculo é um modo de vida em meio a uma batalha pelo “belo”.
A mídia ressalta o narcisismo e impõem para si mesmas uma disciplina extremamente severa, por vezes dolorosa. (prazer ou sofrimento).
O culto ao corpo é a negação ao envelhecimento, e esse sentimento é sustentado pela obsessão em possuir invólucros corporais musculosos e jovens.

A busca deste corpo perfeito está gerando excessos e preocupando profissionais da área de saúde e do desporto, mas por outro lado relatos vêm sendo apresentados em que profissionais de Educação Física não estão estabelecendo limites a seus alunos, nem mesmo distinguindo uma prática saudável de um exercício obsessivo.

Com isto investigações epidemiológicas vêm mostrando nos últimos anos um aumento considerável no número de pessoas acometidas por Transtornos Dismórficos Corporal em que a insatisfação corporal é crescente. Calcula-se que a prevalência desta doença está na população em geral, não só na adolescente ou juvenil. Não obstante, como aponta o coordenador da área de comunicação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Norval Baitello, as ações da mídia são só negativas, podem também se tornar agentes conscientizadores da diversidade, das diferenças entre os indivíduos e culturas. Podem alertar para os riscos da violência contra o corpo e a massificação e padronização da beleza.

Eu pergunto a vocês, o que acham? Como conter ou mesmo avaliar os efeitos dessas ações da mídia sobre os indvíduos com relação aos seus corpos?
Vejam essas questões e outras na entrevista concedida  ao programa DOMINGO ESPETACULAR da Record.


Referências bibliográficas
BECKER JR. B. (1999). Manual de Psicologia aplicada ao Exercício & Esporte.
Porto Alegre: Edelbra.
CARVALHO, Y. M. (1995). O “Mito” da Atividade Física e Saúde. São Paulo:
Hucitec.
FERNANDES, M. H. (2003). Corpo. Clinica Psicanalítica. São Paulo: Casa do
Psicólogo
PARGNEUR, P. (1999). Consciência, Corpo e Mente. Campinas: Papirus.
SOUTO, S. G.(2002) Vivências e Significados dos Transtornos Alimentares
Através da Narrativa de Mulheres. Universidade Federal do Ceará. Dissertção
de Mestrado.
TAVARES, M.C.C. (2003). Imagem Corporal: Conceito e Desenvolvimento. São
Paulo: Manole.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Moradores de Rua e a esperança de inclusão social.

Lula em sua última visita aos moradores de rua e catadores de material reciclável como presidente da República, na cidade de São Paulo (23/12/2010), visitou lixões, andou pela cidade e ouviu histórias de catadoras expondo problemas do “ser” mulher e viver nas ruas.
Criticou o prefeito Kassab por não ter desenvolvido projetos/convênios com os catadores.
Disse: “Estou aqui de público, no microfone, cobrando”.   Se comprometeu, que depois de deixar o Palácio do Planalto, retornaria a visitar a cidade para continuar cobrando do prefeito Gilberto Kassab (DEM), políticas públicas para moradores de rua.

A presidente Dilma conjuntamente com Lula, 03/01/2011, assinaram convênios, com apoio do Banco do Brasil e do BNDES para solucionar o problema das pessoas em situação de rua. Dilma, disse que essas ações são “um símbolo do meu compromisso de continuar esse caminho que o presidente Lula abriu”.

Vamos torcer para que a insivibilidade desses sujeitos acabe e que a sociedade civil se mobilize apoiando e divulgando medidas de inclusão social, independentemente das suas posições polico-ideológicas.
Sobre moradores de Rua ver:
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1598283-15605,00-HOMENS+POR+VOLTA+DOS+ANOS+SAO+MAIORIA+ENTRE+MORADORES+DE+RUA.html

sábado, 1 de janeiro de 2011

Dilma Rousseff, toma posse destacando em seu discurso o valor histórico de ser a primeira mulher a ocupar o cargo de Presidente da República Brasileira.

Hoje, dia 01 de Janeiro de 2011, Dilma Vana Rousseff, 63 realizou seu discurso de posse, a presidente da República. Simples e direto, as palavras do seu discurso destacaram várias temáticas e evidenciou o fato de ser a primeira mulher a ocupar a Presidência da República Brasileira. Afirmou que esse acontecimento histórico servirá para abrir as portas para muitas mulheres perderem o medo do poder. Salientou que todas as brasileiras devem sentir o orgulho e a alegria de ser mulher, “Não venho para enaltecer a minha biografia; mas para glorificar a vida de cada mulher brasileira. Meu compromisso supremo é honrar as mulheres, proteger os mais frágeis e governar para todos!”.

Prometeu erradicar a miséria e transformar o Brasil num país de "classe média sólida e empreendedora'. 'Também comentou que manterá a mesma linha de trabalho e os projetos do governo Lula e que dará maior atenção à política ambiental, ou seja, que pretende favorecer ações em defesa do equilíbrio ambiental do Planeta.

Lembrou que o destino de um país não se resume às ações governamentais, que é o resultado das ações de todos os cidadãos.“O Brasil do futuro será exatamente do tamanho daquilo que, juntos, fizermos por ele hoje. Do tamanho da participação de todos e de cada um: Dos movimentos sociais, dos que labutam no campo, dos profissionais liberais, dos trabalhadores e dos pequenos empreendedores, dos intelectuais, dos servidores públicos, dos empresários, das mulheres, dos negros, dos índios e dos jovens, dos estudantes, dos defensores do meio ambiente e dos animais, de todos aqueles que lutam para superar distintas formas de discriminação”.

Vamos acreditar...... e em conjunto torcer para que a gerência de uma mulher seja exemplar, que ela eduque nossa nação como uma mãe, uma educadora, que deseja colocar e manter seu filho no caminho correto.