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sábado, 30 de março de 2013

MÍDIA E HISTÓRIA - PROMACK - PROJETO DE PESQUISA - MACKENZIE


HISTÓRIA DA MÍDIA - O Projeto PROMACK desenvolvido por pesquisadores da Universidade Presbiteriana Mackenzie em parceria com o Arquivo do Estado de São Paulo, realiza levantamentos de documentos importantes - jornais, revistas, boletins, fotografias entre outros -  sobre  italianos e portugueses que vieram para o Brasil  e tiveram atuações políticas no período de 1924 a 1945.

O objetivo do projeto é cruzar dados de documentos diversos do DEOPS – antiga polícia política paulista – e de instituições italianas e portuguesas. Pretende problematizar os registros da mídia como documentos históricos.

O projeto de pesquisa existe há seis anos e a cada ano intensifica a internacionalização dos dados e a relação entre história e mídia.

Liderado por professores doutores da Universidade Presbiteriana Mackenzie -  Frederico Alexandre Hecker, Rosana Schwartz, Mirtes Moraes, Ines Minardi, Marcos Nepomuceno e Esmeralda Rizzo,  agora, tem como meta tratar os registros da mídia - fontes - jornais, revistas e fotografias como documentos da história. A intenção é juntar e analisar essas documentações nos períodos de  1924 a 1945, momento em que a presença de italianos e portugueses no Brasil, principalmente em São Paulo foi fundamental nas transformações sociais no país. Além dessas transformações, o Estado Brasileiro passa por reorganizações em suas bases políticas.

Desde o início do projeto foi criada  uma rede internacional de informações que permite rastrear a atuação política militante de alguns dos imigrantes prontuariados pelo DEOPS paulista.

Entre os arquivos consultados, além do Arquivo do Estado de São Paulo onde estão os documentos do  DEOPS, temos o Arquivo da Torre do Tombo, em Lisboa, o Archivio Centrale dello Stato, em Roma, e documentos existentes em Universidades nacionais e estrangeiras (Universidade Nova de Lisboa, Universidade do Porto, Memorial do Imigrante de SP e Arquivo Nacional do Rio de Janeiro).

“As pesquisas realizadas durante os seis anos de existência do Projeto no Archivio Centrale dello Stato di Roma, permitem encontrar documentos completos que não existem no Brasil. Há informações muito importantes sobre ações de fascistas, socialistas, comunistas e anarquistas que interferiram na história brasileira”.

Descobertas
Nas visitas  feita ao arquivo romano, por exemplo, foi possível encontrar documentação dos órgãos de segurança do Estado sobre algumas mulheres militantes envolvidas com o socialismo, comunismo e anarquismo na Itália e no Brasil. “Destacar as ações das mulheres imigrantes trabalhadoras nos espaços públicos e privados é uma questão central da pesquisa, pois a história da cidade de São Paulo é marcada pela interferência dessas mulheres, tanto na vida cotidiana como por meio da organização de associações de bairro, clubes de mães e até sindicatos”.

Durante as pesquisas a equipe fotografa vários documentos e localiza algumas bandeiras e cartazes de propaganda de grupos operários organizados e peças de teatro, que foram enviadas da Itália para o Brasil como modelos para a propaganda política. Conseguiu-se reunir importantes evidências documentais e pistas relevantes para a reconstrução da interferência desses imigrantes na história de São Paulo.

Resultados para o futuro

Com a coleta e avaliação de todos os documentos, o projeto fará com que o acervo já disponível torne-se um extenso Banco de Dados com informações da Polícia Política Paulista (DEOPS), ao longo de seus anos de atividade. A esses dados serão acrescentadas todas as informações internacionais em fase de coleta.
Não existe um prazo determinado para a conclusão do projeto, mas sim caminhos e etapas concluídas com o entrelaçamento das informações.

terça-feira, 12 de março de 2013

Tema palestra do Dia Internacional da Mulher no Rotary

Construção do Gênero Feminino: transformações e permanências.

Profa. Dra. Rosana Schwartz

 Ao longo dos séculos XIX e XX importantes conquistas foram alcançadas pelas mulheres. Direitos de participação política, melhoria das condições de vida e trabalho, acesso à educação e a igualdade de direitos entre os sexos, entretanto, com relação à imagem da mulher na mídia, pouco avançamos.
O gênero feminino permanece associado aos modelos de corpo e representado segundo olhares sexistas.
Assim, problematizar no Dia Internacional da Mulher, a categoria-chave-corpo/imagem, desvela superfícies históricas, simbólicas, visuais e de poder dos discursos médicos, higienistas do século XIX, permanentes nos midiáticos contemporâneos.
A categoria corpo, expressa a cultura, a história, às relações de poder em um espaço mental, geracional com o mundo objetivo e subjetivo em que está inserido. As intervenções ativas da produção simbólica imagética mantêm comportamentos e atitudes de um passado longínquo.
O reconhecimento da complexidade das imagens na vida cotidiana propicia possibilidades de entender o corpo como um documento histórico, refletir sobre as continuidades comportamentais, em meio às transformações sociais no mundo e no Brasil