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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Saiba mais sobre o Dia das Bruxas ou Halloween

 O Dia das Bruxas ou Halloween é uma tradição dos Estados Unidos que se tornou popular em diversas partes do mundo, inclusive entre os brasileiros. As feiticeiras não são estranhas à nossa cultura, tendo tradicionalmente as características das bruxas europeias medievais. Mas que peculiaridades elas adquiriram por aqui? A “bruxa” sempre fez parte de nosso folclore, assustando as crianças e adultos. A sua figura veio com os portugueses: “velha, magra, alta, enrugada, horrorosa de feiura e hedionda de sujeira, coberta de trapos, com um saco cheio de coisas misturadas e confusas, andando de noite, misteriosa, sinistra, silenciosa”, descreve Câmara Cascudo. Uma de suas funções “clássicas”, é a de feiticeira, que representa as angústias noturnas infantis, aterrorizando os pequenos que se recusam a dormir nos horários determinados pelos pais. Cascudo acreditava que o arsenal “histórico dos esconjuros e defesas” contra as bruxas está desaparecendo.
          Vejamos algumas formas tradicionalmente usadas pelo Brasil para espantar a perversidade das feiticeiras ou identificá-las:
  • – Lâmina virgem escondida nos cômodos: as bruxas fogem das lâminas de aço
  • – Camada de sal na soleira das portas não as deixa entrar. Elas não pisam no sal por lhes recordar o Mar-Sagrado, local onde suas forças são anuladas
  • – Quarto com criança recém-nascida deve ser protegido com estrela de cinco pontas ou uma cruz feita de palhas-bentas do Domingo de Ramos
  • – Para identificá-las, nas igrejas, deixava-se o missal aberto, isso impedia a bruxa de sair (ela só consegue deixar o recinto com o livro fechado). Suspender o ferrolho da porta teria o mesmo efeito.
  • – Bruxas não conseguem atravessar a água corrente
  • – No Nordeste, acreditava-se que uma surra com pinhão-de-purga acabava com os poderes das feiticeiras
Câmara Cascudo lembra que as bruxas têm diversas funções na nossa cultura tradicional, entre elas fazer feitiços amorosos para atrair ou manter a pessoa amada, por meio de rezas, orações fortes ou poções, além de receitar remédios e simpatias para cura de diversos males (medicina popular). “Em cada povoação e vila, cidade e sede do município, haverá sempre uma velha misteriosa, rezadeira, cercada pelo halo da prestigiosa fama de sabedoria e poder. É a Bruxa, a Feiticeira, paupérrima, faminta, miserável, poderosa e digna de esmolas”, conclui o folclorista.
Texto de Márcia Pinna Raspanti.
Referência Bibliográfica: CASCUDO, Luís da Câmara. “Dicionário do Folclore Brasileiro”, Instituto Nacional do Livro, Rio de Janeiro, 1962.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

A Reinvenção do Dinheiro e a Emergência de Moedas Criativas

Informação:


A digitalização do mundo redesenhou produtos, serviços, mercados e públicos, redefiniu as fronteiras entre o público, o privado e o pessoal, afetivo, reconfigurou a dinâmica política e transformou o planeta numa enorme esfera lúdica e interativa audiovisual global. Na alvorada do século 21, a disrupção digital chega finalmente à fronteira do valor econômico: o próprio dinheiro, representação muitas vezes encarnada da riqueza, do valor e dos preços.
Do bitcoin às moedas sociais locais, passando por transformações radicais nos meios de pagamento, sistemas de informação e tomada de decisões financeiras, as cidades são cada vez mais digitais e os mercados convertem-se em redes com as quais interagimos de modo cada vez mais imersivo em interfaces audiovisuais que definem comportamentos, demandas, modelos de negócio e horizontes para o desenvolvimento econômico.
O Seminário Estratégico "A Reinvenção do Dinheiro e a Emergência das Moedas Criativas" reunirá 15 especialistas de diferentes áreas para discutir as transformações contemporâneas implicadas na digitalização do dinheiro e na emergência resultante de novos circuitos de monetização da produção, do consumo, da distribuição, do financiamento e da reciclagem de todos os bens e serviços, assim como da própria informação.
O debate marca o lançamento da campanha MIL CLICKS de monetização de projetos de Media and Information Literacy (MIL) pela UNESCO na USP, plataforma desenhada pelo grupo de pesquisa Cidade do Conhecimento em parceria com Dentsu Aegis Network e UNESCO, integrada à Global MIL Week UNESCO 2016 na Escola de Comunicações e Artes da USP (2 a 6 de novembro de 2016).
A série de eventos Strategic Workshops da USP busca articular os pesquisadores em torno de temas transdisciplinares, que contemplem a USP como um todo. O objetivo tem sido organizar a pesquisa na USP priorizando temas em que temos excelência ou que tenham grande potencial, mas que precisem de melhor articulação.

Coordenação:

Gilson Schwartz (ECA, FFLCH, Cidade do Conhecimento)
Edson Spina (POLI e Centro de Estudos Sociedade e Tecnologia)
Vitor Blotta (ECA, Núcleo de Estudos da Violência e Associação Nacional de Pesquisa sobre Direitos Humanos)