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terça-feira, 8 de novembro de 2016

Fatos interessantes sobre Mulher e política

Em todos os campos são marcantes os avanços das mulheres. Isso resultou de uma história de lutas e conquistas, na qual o movimento feminista ajudou a escrever inúmeras páginas. Conheça fatos e datas que marcaram cada conquista no Brasil e no mundo:

1759 — Olympe de Gouges, escritora e militante francesa, publica a Declaração dos Direitos da Mulher.
1792 — Mary Wollstonecraft publica Reivindicação dos direitos da mulher. Defendia uma educação para meninas que aproveitasse seu potencial humano.
1827 — Surge no Brasil a primeira legislação relativa à educação de mulheres; a lei admitia meninas apenas para as escolas elementares, não para instituições de ensino mais adiantado.
1832 — A brasileira Nísia Floresta, do Rio Grande do Norte, lança uma tradução livre da obra pioneira da feminista inglesa Mary Wollstonecraft, e dá-lhe o título Direitos dos homens, injustiças para as mulheres.
1843 — Flora Tristán publica A União Operária.
1848 — Em Nova York (EUA) ocorre a Convenção em Seneca Falls, o primeiro encontro sobre direitos das mulheres.
1852 — É lançado o Jornal das Senhoras, editado por Joana Paula Manso de Noronha.
1857 — Em 8 de março em Nova York, 129 operárias morrem queimadas pela força policial, numa fábrica têxtil Cotton, em Nova York. Elas ousaram reivindicar a redução da jornada de trabalho e o direito à licença-maternidade. Desde 1910 até hoje, dedicamos o 8 de março para homenagear essas corajosas operárias.
1858 — Publicado em Campanha da Princesa (MG) o jornal O Sexo Feminino.
1869 — O Wyoming é o primeiro estado dos Estados Unidos a outorgar o direito de voto feminino.
1874 — Surgiram os periódicos O Domingo e o Jornal das Damas, no Rio de Janeiro, seguidos do Myosotis, de Maria Heraclia, lançado em Recife, em 1875, e do incisivo Echo das Damas, de Amélia Carolina da Silva Couto, no Rio de Janeiro, em 1879.
1874 — Maria Augusta Generosa Estrella deixou o Rio de Janeiro para estudar medicina nos Estados Unidos. A ela se juntou Josefa Agueda Felisbella Mercedes de Oliveira. As duas publicaram, depois, um jornal em Nova York: A Mulher.
1879 — O governo brasileiro abriu as instituições de ensino superior do país às mulheres.
1880 — No Brasil, as primeiras mulheres graduadas em Direito encontram dificuldades em exercer a profissão.
1893 — Liderado por Kate Sheppard, o movimento sufragista da Nova Zelândia consegue garantir o direito ao voto às mulheres.
1897 — No Reino Unido, Millicent Fawcett funda a União Nacional pelo Sufrágio Feminino.
1898 — Inglaterra e Escócia jogam em Londres a primeira partida de futebol feminino.
1900 — Primeiras referências na imprensa internacional às exibições esportivas femininas.
1902 — Sufrágio feminino na Austrália
1903 — Emmeline Pankhurst e as suas seguidoras abandonam a NUWSS e formam a União Política e Social das Mulheres (Women's Social and Political Union - WSPU).
1906 — Sufrágio feminino na Finlândia.
1907 — Sob a presidência de Clara Zetkin, reúne-se a I Conferência Internacional de Mulheres Socialistas.
1910 — Brasil: A professora Deolinda Daltro funda o Partido Republicano Feminino
1913 — Sufrágio feminino na Noruega.
1917 — A professora Deolinda Daltro lidera uma passeata exigindo a extensão do voto às mulheres.
1917 — Jeanette Rankin é a primeira mulher eleita membro do Congresso dos Estados Unidos.
1918 — O Parlamento britânico aprova uma lei eleitoral que outorga o sufrágio às mulheres maiores de 30 anos.
1918 — No Brasil, a jovem Bertha Lutz, iniciando a carreira profissional como bióloga, publica, na Revista da Semana, uma carta denunciando o tratamento dado ao sexo feminino.
1918 — Sufrágio feminino na Inglaterra.
1920 — É aprovada a XIX emenda à Constituição dos Estados Unidos estabelecendo que todas as mulheres maiores de idade têm direito de voto.
1921 — Primeira partida de futebol feminino. Em São Paulo, senhoritas catarinenses e tremembeenses se enfrentam.
1921 — É constituída, no Rio de Janeiro, sob a liderança de Bertha Lutz, a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino.
1925 — No Japão, o parlamento exclui as mulheres da lei sobre o sufrágio universal. Nasce o movimento no país.
1928 — As mulheres conquistam o direito de disputar oficialmente as provas olímpicas.
1928 — O governador do Rio Grande do Norte, Juvenal Lamartine, obtém uma alteração da legislação eleitoral para conferir o direito de voto às mulheres no seu Estado. Elas vão às ruas, mas seus votos são anulados pela Comissão de Poderes do Estado. No entanto, elege-se uma prefeita, a primeira da História do Brasil: Alzira Soriano de Souza, no município de Lages (RN).
1929 — Sufrágio feminino no Equador.
1931 — A Constituição espanhola da Segunda República outorga o direito de sufrágio às mulheres maiores de idade; em Portugal, passam a poder votar mulheres com cursos universitários ou o ensino secundário completo.
1932 — O governo de Getúlio Vargas promulga o novo Código Eleitoral pelo Decreto n.º 21.076, de 24 de fevereiro, garantindo finalmente o direito de voto às mulheres brasileiras.
1932 — A nadadora Maria Lenk, 17 anos, embarca para Los Angeles como única mulher e mascote da delegação olímpica. Foi a primeira atleta brasileira a participar de uma Olimpíada.
1933 — Nas eleições deste ano para a Assembleia Constituinte, são eleitos 214 deputados e uma única mulher: a paulista Carlota Pereira de Queiroz.
1945 — As mulheres conseguem o direito de voto na França e na Itália.
1948 — Depois de 12 anos sem a presença feminina, a delegação brasileira às Olimpíadas segue para Londres com 11 mulheres e 68 homens.
1948 — A escritora francesa Simone de Beauvoir (1908-86) publica o livro O segundo sexo, uma análise da condição da mulher.
1951 — Aprovada pela Organização Internacional do Trabalho, a 19 de junho, a Convenção de Igualdade de Remuneração entre trabalho masculino e trabalho feminino para função igual.
1960 — Surge o novo feminismo, em paralelo com a luta dos negros norte-americanos pelos direitos civis e com os movimentos contra a Guerra do Vietnã.
1960 — No Sri Lanka (antigo Ceilão), Sirimavo Bandaransike (nascida em 1916) torna-se a primeira chefe de Estado.
1963 — Nos EUA, Betty Fridan (nascida em 1921) escreve A mística feminina, apresentando uma crítica feminista do papel subordinado da mulher na sociedade.
1964 — No Brasil, o Conselho Nacional de Desportos (CND) proíbe a prática do futebol feminino.
1964 — Instituída a obrigatoriedade do teste de feminilidade (exame cromossomático) nos jogos olímpicos de Tóquio.
1970 — No Reino Unido é aprovada a igualdade salarial.
1971 — No Reino Unido destaca-se Germaine Greer, australiana de nascimento, autora de The Female Eunuch (1971; A mulher eunuco), considerado o manifesto mais realista do women's liberation (movimento de libertação da mulher), mundialmente conhecido como women's lib.
1974 — Na Argentina, Izabel Perón (nascida em 1931) torna-se a primeira mulher presidente.
1975 — As Nações Unidas instituem o Ano Internacional da Mulher, após a Conferência do México de 1975.
1975 — No Rio de Janeiro, é criado o Centro da Mulher Brasileira — CMB, primeira organização do novo feminismo. Em São Paulo, outro grupo de mulheres funda o Centro de Desenvolvimento da Mulher Brasileira — CDMB.
1975 — Aparece, no País, o Movimento Feminino pela Anistia — MFA, unido à luta pela redemocratização do Brasil. O MFA era presidido por Terezinha Zerbini.
1976 — É realizada a Convenção Contra Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher — CEDAW. 1976 — Eunice Michilles, então representante do PSD (AM), assume a vaga de senadora, por falecimento do titular, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo, no Brasil.
1980 — Na Islândia, Vigdis Finnbogadottir (nascida em 1930) torna-se a primeira mulher eleita democraticamente presidente.
1980 — Realiza-se o Encontro Feminista de Valinhos, São Paulo. Recomenda a criação de centros de autodefesa, para coibir a violência contra a mulher.
1981 — Cai o veto à prática do futebol feminino no Brasil.
1982 — No Brasil, nas eleições diretas para os governos estaduais, o movimento de mulheres elabora uma plataforma feminista submetida aos candidatos. Recebe o título de Alerta Feminista e acaba virando uma tradição.
1983 — Criados em São Paulo e em Minas Gerais os primeiros conselhos estaduais da condição feminina, para traçar políticas públicas para as mulheres.
1983 — O Ministério da Saúde brasileiro cria o PAISM — Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher.
1985 — Surge a primeira Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (DEAM), em São Paulo e, rapidamente, várias outras são implantadas em outros estados brasileiros.
1985 — A Câmara dos Deputados aprova o Projeto de Lei n.º 7353, criando o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher.
1987 — Criado o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Rio de Janeiro — CEDIM/RJ, a partir da reivindicação dos movimentos de mulheres.
1988 — É instituída no Rio Grande do Sul a primeira Delegacia para a Mulher. Outras se seguiram.
1990 — Júnia Marise é a primeira eleita para o cargo de senadora, pelo PDT (MG).
1993 — Realiza-se a Conferência de Direitos Humanos de Viena. Na pauta desse encontro, constam o repúdio e a condenação veemente a todas as formas de violência contra as mulheres.
1994 — Na cidade do Cairo, no Egito, ocorre a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento. As mulheres participaram ativamente, marcando sua presença em reivindicações nos documentos finais.
1994 — É aprovada a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, conhecida como a Convenção de Belém do Pará.
1995 — Empossado, o Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, reativa o CNDM — Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, vinculado ao Ministério da Justiça, que novamente é esvaziado em estrutura e status nos anos de 97 e 98. Em 1999, começa uma reestruturação resultante de pressões do movimento feminista.
1995 — Em Beijing (China), é realizada a IV Conferência Mundial das Nações Unidas sobre a Mulher. O evento marca o reconhecimento definitivo do papel econômico e social da mulher; abre os caminhos do futuro, consagra todas as conquistas das mulheres; reafirma o princípio da universalidade dos direitos humanos e o respeito à especificidade das culturas.
1996 — Visando às eleições para prefeitos e vereadores, as mulheres se organizam em todo o País e, por meio do movimento Mulher Sem Medo do Poder, aumentam o número de vereadoras e prefeitas em todo o território nacional.
1996 — O Congresso Nacional inclui o sistema de cotas na Legislação Eleitoral, obrigando os partidos políticos a inscreverem, no mínimo, 20% de mulheres em suas chapas proporcionais (Lei n.º 9.100/95 - § 3.º, art. 11), e a Lei 9504/97 eleva esse percentual para 30%,
1998 — A senadora Benedita da Silva torna-se a primeira mulher a presidir a sessão do Congresso Nacional.
2000 — Ellen Gracie Northfleet, nascida no Rio Grande do Sul, é eleita a primeira mulher ministra do Supremo Tribunal Federal
2010 é eleita a primeira Mulher Presidente do Brasil
2016 Uma mulher concorre às eleição nos EUA.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Saiba mais sobre o Dia das Bruxas ou Halloween

 O Dia das Bruxas ou Halloween é uma tradição dos Estados Unidos que se tornou popular em diversas partes do mundo, inclusive entre os brasileiros. As feiticeiras não são estranhas à nossa cultura, tendo tradicionalmente as características das bruxas europeias medievais. Mas que peculiaridades elas adquiriram por aqui? A “bruxa” sempre fez parte de nosso folclore, assustando as crianças e adultos. A sua figura veio com os portugueses: “velha, magra, alta, enrugada, horrorosa de feiura e hedionda de sujeira, coberta de trapos, com um saco cheio de coisas misturadas e confusas, andando de noite, misteriosa, sinistra, silenciosa”, descreve Câmara Cascudo. Uma de suas funções “clássicas”, é a de feiticeira, que representa as angústias noturnas infantis, aterrorizando os pequenos que se recusam a dormir nos horários determinados pelos pais. Cascudo acreditava que o arsenal “histórico dos esconjuros e defesas” contra as bruxas está desaparecendo.
          Vejamos algumas formas tradicionalmente usadas pelo Brasil para espantar a perversidade das feiticeiras ou identificá-las:
  • – Lâmina virgem escondida nos cômodos: as bruxas fogem das lâminas de aço
  • – Camada de sal na soleira das portas não as deixa entrar. Elas não pisam no sal por lhes recordar o Mar-Sagrado, local onde suas forças são anuladas
  • – Quarto com criança recém-nascida deve ser protegido com estrela de cinco pontas ou uma cruz feita de palhas-bentas do Domingo de Ramos
  • – Para identificá-las, nas igrejas, deixava-se o missal aberto, isso impedia a bruxa de sair (ela só consegue deixar o recinto com o livro fechado). Suspender o ferrolho da porta teria o mesmo efeito.
  • – Bruxas não conseguem atravessar a água corrente
  • – No Nordeste, acreditava-se que uma surra com pinhão-de-purga acabava com os poderes das feiticeiras
Câmara Cascudo lembra que as bruxas têm diversas funções na nossa cultura tradicional, entre elas fazer feitiços amorosos para atrair ou manter a pessoa amada, por meio de rezas, orações fortes ou poções, além de receitar remédios e simpatias para cura de diversos males (medicina popular). “Em cada povoação e vila, cidade e sede do município, haverá sempre uma velha misteriosa, rezadeira, cercada pelo halo da prestigiosa fama de sabedoria e poder. É a Bruxa, a Feiticeira, paupérrima, faminta, miserável, poderosa e digna de esmolas”, conclui o folclorista.
Texto de Márcia Pinna Raspanti.
Referência Bibliográfica: CASCUDO, Luís da Câmara. “Dicionário do Folclore Brasileiro”, Instituto Nacional do Livro, Rio de Janeiro, 1962.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

A Reinvenção do Dinheiro e a Emergência de Moedas Criativas

Informação:


A digitalização do mundo redesenhou produtos, serviços, mercados e públicos, redefiniu as fronteiras entre o público, o privado e o pessoal, afetivo, reconfigurou a dinâmica política e transformou o planeta numa enorme esfera lúdica e interativa audiovisual global. Na alvorada do século 21, a disrupção digital chega finalmente à fronteira do valor econômico: o próprio dinheiro, representação muitas vezes encarnada da riqueza, do valor e dos preços.
Do bitcoin às moedas sociais locais, passando por transformações radicais nos meios de pagamento, sistemas de informação e tomada de decisões financeiras, as cidades são cada vez mais digitais e os mercados convertem-se em redes com as quais interagimos de modo cada vez mais imersivo em interfaces audiovisuais que definem comportamentos, demandas, modelos de negócio e horizontes para o desenvolvimento econômico.
O Seminário Estratégico "A Reinvenção do Dinheiro e a Emergência das Moedas Criativas" reunirá 15 especialistas de diferentes áreas para discutir as transformações contemporâneas implicadas na digitalização do dinheiro e na emergência resultante de novos circuitos de monetização da produção, do consumo, da distribuição, do financiamento e da reciclagem de todos os bens e serviços, assim como da própria informação.
O debate marca o lançamento da campanha MIL CLICKS de monetização de projetos de Media and Information Literacy (MIL) pela UNESCO na USP, plataforma desenhada pelo grupo de pesquisa Cidade do Conhecimento em parceria com Dentsu Aegis Network e UNESCO, integrada à Global MIL Week UNESCO 2016 na Escola de Comunicações e Artes da USP (2 a 6 de novembro de 2016).
A série de eventos Strategic Workshops da USP busca articular os pesquisadores em torno de temas transdisciplinares, que contemplem a USP como um todo. O objetivo tem sido organizar a pesquisa na USP priorizando temas em que temos excelência ou que tenham grande potencial, mas que precisem de melhor articulação.

Coordenação:

Gilson Schwartz (ECA, FFLCH, Cidade do Conhecimento)
Edson Spina (POLI e Centro de Estudos Sociedade e Tecnologia)
Vitor Blotta (ECA, Núcleo de Estudos da Violência e Associação Nacional de Pesquisa sobre Direitos Humanos)

sábado, 17 de setembro de 2016

Divulgando Dossiê Poder e Desvitimização:gêneros - USP

Caro/a leitor/a

É com grande alegria que divulgo o 13º número da OralidadesRevista de História Oral (ISSN 2317-0301) que teve como temática de dossiê Poder e Desvitimização: gêneros.


O dossiê apresenta reflexões que se mostram interdisciplinares, estimulada pelos procedimentos da história oral. 

Os artigos que o compõem revelam memórias e histórias de “empoderamento” de gênero em meio às mesmas relações de opressão, escapando da visão binária que coloca determinados grupos em posição estática de fragilidade, como mulheres e homossexuais/transexuais, e outros essencialmente como dominadores, no caso os homens. 

Boa leitura!

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Oficina Cultural



Profa. Dra. Rosana M. P. B. Schwartz
 Endereço Currículo Lattes -  http://lattes.cnpq.br/8177502122038987


Grupos de Pesquisa
Instituição
Perfil
Ações



Núcleo de Estudos de Gênero/Raça/Etnia - GERE
MACKENZIE
Líder
Núcleo de Estudos da Mulher
Linguagem, sociedade e identidade: estudos sobre a mídia
PUC/SP
Pesquisador


Linhas de pesquisa
Núcleo
Instituição
Cultura e Artes na Contemporaneidade.
Mack
Gênero, cultura e representações
Núcleo de Estudos de Gênero/Raça/Etnia - GERE
Mack
Micro-História, Identidades, Urbanidade e Gênero.
Núcleo de Estudos de Gênero/Raça/Etnia – GERE

Núcleo - Linguagem, sociedade e identidade: estudos sobre a mídia
Mack

Cultura e Cidade: focalizando o gênero
NÚCLEO DE ESTUDOS DA MULHER - PUC/SP
PUC

Projeto de Pesquisa em Andamento:
1-      Das ações políticas nascem sujeitos sociais: gênero, equidade e cidadania.

Projeto de Pesquisa financiado pelo Fundo Mackenzie de Pesquisa – MACKPESQUISA. Objetivo: tratar com base na natureza multi e transdisciplinar  a construção da equidade de gênero e cidadania. 


2-      Projeto de Pesquisa Concluído- 2006 -2016:
PROMACK Internacional: Itália, Portugal, Brasil: uma história de imigrantes submetidos à repressão, retratados por jornais, revistas e propaganda.

Projeto de pesquisa financiado pelo Fundo Mackenzie de Pesquisa - MACKPESQUISA, em parceria com o Arquivo do Estado de São Paulo, Arquivo do Estado de Roma, Torre do Tombo de Portugal e Universidades Internacionais, na Itália e Portugal. Sistematizou e analisou os registros/documentos: jornais, revistas, e propagandas dos períodos de 1920 a 1945, que versam sobre Política e Cultura nos três países. O projeto existente desde 2006 foi finalizado em 2016.

3-      Projeto de Pesquisa Concluído – Premiado.
CULTURA, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, EDUCAÇÃO AMBIENTAL E COMUNICAÇÃO: QUEBRANDO O COCO.

Projeto de pesquisa financiado pelo FUNDO MACKENZIE de Pesquisa - MACKPESQUISA dialoga com o projeto Aprovado pelo CNPq composto por pesquisadores da Universidade Presbiteriana Mackenzie e Instituições de Ensino como a Pontifícia Universidade Católica - PUC/SP, Universidade Cruzeiro do Sul- UNICSUL. Objetivo atuar diretamente nas comunidades das quebradeiras de coco de babaçu, do Estado do Maranhão valorizando a cultura tradicional e oral, a ancestralidade, e as permanências das tradições por meio das músicas, histórias contadas, rodas e artesanato. Destacou as ações das mulheres ENCANTADEIRAS, que por meio da música mantém a cultura local. Tratou da criação de uma ferramenta de quebra de coco e divulgação, por meio de boletins, jornais e site a ação da ASSEMA - Associação em Área de Assentamento do Maranhão – ASSEMA. Foi premiado na categoria sustentabilidade - Abril Cultural Guia do Estudante e Banco Real e CASACLAÚDIA – prêmio  Sustentabilidade.
Disciplinas:
Metodologia da Pesquisa em História da Cultura.
Cultura Brasileira.
Direitos Humanos e Políticas Públicas.
Gênero e Novos Agentes Sociais.
História, Sociedade e Cultura.

Integrante do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Integrante do Comitê de Pesquisadoras das Universidades - da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República – Programa Pró-equidade de Gênero – 2005 – 2016. 

terça-feira, 7 de junho de 2016

Comentários sobre o Filme "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho" do diretor e roteirista Daniel Ribeiro


COMENTÁRIO CICLO DE DEBATES

Em Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, o diretor e roteirista Daniel Ribeiro desenvolve uma história universal (a descoberta do primeiro amor) e o desejo de independência dos adolescentes entrelaçada a uma dupla narrativa - homossexualidade e a deficiência física.

Um dos grandes méritos do filme é tratar as particularidades do protagonista como trataria as especificidades físicas e de temperamento de qualquer adolescente. O roteiro evita instrumentalizar as particularidades do protagonista adolescente Leonardo. Os problemas enfrentados por ele são tratados como metáforas para as tensões de qualquer jovem que se sente diferente da maioria.

O cotidiano do personagem revela a sua inserção na sociedade, ele estuda em uma escola junto com outros adolescentes sem deficiência, vai e volta para casa com a amiga Giovana (Tess Amorim) e participa da aula.

Daniel Ribeirnaoevita criar impactos/choques tanto de Leonardo cego escola como em sua descoberta como homossexual. Ultrapassa os típicos relatos cinematográficos de autodescoberta para saltar ao próximo passo: a autoafirmação.

Trabalha os conflitos cotidianos dos jovens da trama de maneira leve, terna e natural.

Em algumas cenas pontuam momentos de bullying praticados por colegas no dia-a-dia de Leonardo, mas destaca que não deixam grandes marcas profundas; as tensões com os pais se dissipam em minutos; as relações afetivas de amizade com Giovana apresentam conflitos comuns entre amigos.

Este roteiro é romântico com preocupação de garantir a todo personagem sua devida cota de amor - o garoto Gabriel (Fabio Audi), paixão de Leonardo, aparece logo na primeira cena, senta-se convenientemente atrás dele, e quando Giovana perde seu grande amor, um aluno novo entra pela porta da sala de aula e sorri para ela.

A estética do filme:
a)      fotografia é suave e homogênea (usando o desfoque da imagem para representar a falta de visão de Leonardo),
b)      o som direto evita ruídos em quartos e salas de aula, a trilha é singela, nunca ostensiva. Por isso, tudo é excessivamente acadêmico: uma pessoa sempre espera a outra concluir sua frase para começar a falar, as cenas iniciam quando um personagem está prestes a dizer alguma frase.
c)      Os enquadramentos seguem a lógica de plano e contra-plano. Nenhuma cena pretende se destacar ou chocar - aliás, fica o aviso para aqueles que se sentiram ofendidos com o beijo gay da novela: dificilmente vão encontrar cena mais natural do que o primeiro selinho entre dois garotos.

Vale ressaltar que o roteiro se passa em um imaginário branco, urbano, de classe média alta, no qual adolescentes em crise não pensam em fugir de casa ou se vingar dos pais, apenas fazer uma viagem de intercâmbio - financiada pelos próprios pais.

O desejo sexual é retratado de maneira pudica - É um retrato intimista de tendência universal, um romance de ternura e cumplicidade que consegue fazer um belo tratado de afetos, sejam eles entre dois garotos, entre um amigo e sua amiga, o garoto e sua avó, ou entre os pais e os filhos.


domingo, 24 de abril de 2016

Mulheres no poder

Mulher na política. Em entrevista ao Jornal da Cultura discuto que O lar não se limita ao espaço de quatro paredes. O lar é a escola, a fábrica, o escritório e o parlamento, onde as leis que regulam a sociedade são elaboradas.





quarta-feira, 23 de março de 2016

Livro: Gênero, terceiro setor e desenvolvimento. Autoras - Maria Izilda Matos, Andrea Borelli e Rosana Schwartz


Livro- Experiência Femininas Contemporâneas; visão das mulheres no mundo e na mídia.

file:///C:/Users/Rosana/Downloads/2016_%2015_mar%C3%A7o_LIVRO%20COMPLETO%20.pdf

Livro- Experiência Femininas Contemporâneas; visão das mulheres no mundo e na mídia.

Este livro é resultado dos Eventos do Encontro do Dia Internacional da Mulher, organizado pelo GERE - Núcleo de Estudos de Gênero, Raça e Etnia  Mackenzie.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Na semana da mulher vamos falar de movimentos feministas.


Por Rosana Schwartz

O movimento feminista cresceu e desmembrou-se em diversas correntes. Observado com cautela e profundidade nunca se revelou homogêneo. Alguns centralizam suas temáticas nos direitos de primeira geração – civis e políticos, clamam por igualdade e maior participação das mulheres na política. Outros envoltos aos direitos de segunda geração se preocupam mais com o empoderamento econômico feminino, condição fundamental para transformação nas esferas da vida cotidiana. A Igualdade e a equidade no trabalho produtivo são válvulas motrizes para a desconstrução da violência de gênero. Muitos outros são identitários, compostos por mulheres heterosexuais, lésbicas, brancas, negras, trans, travestis entre outras. Não obstante, todos independentemente das suas pautas de reivindicações são unidos em torno da luta contra o Machismo, o sexismo, assédio e violência doméstica. Questões que adentraram, por meio da lutas das mulheres em organizações e pela mídia na vida das pessoas. Durante os anos 70 e 80 a Rede Globo conectada com os avanços das mulheres, lançou séries e minisséries de televisão – Malu Mulher e Quem Ama Não Mata, que problematizavam as assimetrias entre homens e mulheres.  O combate à violência contra mulheres (no plural) conquistou nas últimas décadas leis específicas - Maria da Penha e a do Feminicídio. Violência doméstica a cada dia está sendo mais entendida como um problema político e público. Desde a segunda metade da década de 1970, campanhas internacionais orientadas pela Organização das Nações Unidas uniram diversos movimentos feministas dos países signatários em torno dessas pautas. O ano de1975 foi um marco dos movimentos feministas. Denominado “Ano Internacional da Mulher”, defendeu os direitos humanos como também sendo também das mulheres.  Conferâncias como a de Nairóbi, Cairo e Beijing, em 1995 criaram plataformas de ações para a defesa das mulheres. Naqueles anos a maior parte dos grupos feministas era formada por pessoas de classe média escolarizadas, aliados à luta pelo: fim da carestia, fim do regime militar, associações de mães e de bairros, moradia, saúde, anistia e pelo restabelecimento dos direitos humanos e democráticos.
Na atualidade a nova onda do feminismo jovem dos anos dá continuidade aos trabalhos e esforços dos movimentos do passado. Retoma todas as pautas se voltado para denúncias sobre estupros entre colegas nas universidades relatos de assédio e abusos de crianças e adolescentes (campanha “meu primeiro assédio”),  desigualdades ainda presentes na vida cotidiana, liberdade do corpo em caminhar pelas ruas sem sofrer assédio (campanha “chega de fiu-fiu”). A liberdade de vestir a roupa que desejar sem correr o risco de abordagens machistas centraliza outras pautas, como o direto ao prazer e a autonomia do corpo.  Falta muito ainda para corrigir as assimetrias de gênero, para  a igualdade e equidade entre homens e mulheres efetivamente existir.
Na semana da Mulher vamos falar de feminismo..... tema urgente e necessário.