Criação e recriações de Maria Lacerda de Moura
Maria Lacerda de Moura foi uma professora e escritora libertária - anarquista que revolucionou os discursos médicos do inicio do século XX.
Criativa, crítica e combativa escreveu inúmeros
artigos e livros que questionavam mitos científicos e discursos médicos sobre o
corpo e a sexualidade feminina. Dentre sua produção, duas obras se tornaram
referência para a luta em prol da emancipação feminina: “A mulher é uma Degenerada?”,
de 1924 e “Amai e não vos multipliqueis” também da década de 20.
Condenava em todos os seus escritos, os
costumes, a moral e o status burguês da sociedade brasileira da época e proclamava
a igualdade entre mulheres e homens, bem como, a luta pela emancipação feminina
e reconhecimento da necessidade de sua independência e autonomia econômica.
Como professora, centralizava seus ensinamentos
no despertar da consciência feminina, pois acreditava que a mulher seria capaz
de reformar o mundo por ser educadora dos filhos e disciplinadora da família. Em
seu Livro “Lições da Pedagogia”, de 1925, problematiza os problemas do analfabetismo
nas sociedades, e principalmente o feminino. Afirmava que era esse o motivo ads
diferenças entre
Em 1923 rompe com os Anarquistas em decorrência
das suas posições favoráveis a obra educacional do Ministro Soviético
Lunacharsky, na palestra “Conformado e Rebelde”, do Jornal “A Plebe”. Uma série
de artigos do jornal A Plebe (4/8/23,
4/9/23, 27/9/23 e10/10/23) relatam a atitude independente da conferencista com e as posições contrárias dos anarquistas com relação as posições de Maria Lacerda. Somente dez anos depois, em 1933, é que voltaria a se aliar com os anarquistas na campanha contra a guerra e na famosa Liga AntiClerical, que foi ponto de resistência e a mais forte expressão anarquista
no Rio de Janeiro até 1930
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