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domingo, 31 de outubro de 2010

Debate: Cotas para as Mulheres - Partidos Políticos

Apenas 17,3% dos partidos/coligações cumpriram as cotas nas Eleições 2010

A Lei de Cotas não foi cumprida por 82,6% dos partidos/coligações em todo o país nas Eleições 2010. O levantamento foi feito pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e pelo site www.maismulheresnopoderbrasil.com.br, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Apenas 17,3% dos partidos/coligações em todos os Estados e no Distrito Federal alcançaram o percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas para a Câmara Federal, Assembleias Legislativas e Câmara Distrital, conforme exige a Lei Nº 9.504/1997, revisada em 2009.
Em quatro Estados, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba e Tocantins, nenhum partido/coligação alcançou 30%.
O Estado com o maior percentual de respeito às cotas foi o Mato Grosso do Sul, onde 54,54% dos partidos/coligações preencheram 30% ou mais de suas vagas com candidaturas femininas, enquanto Goiás registrou o menor percentual, 5,26%.
No Mato Grosso do Sul, três dos quatro partidos/coligações alcançaram o percentual mínimo exigido pela lei para a Câmara Federal: PP / PDT / PT / PSL / PSC / PSDC / PV / PRP / PCdoB – 36,36%; PRB / PMDB / PR / DEM / PMN / PSB / PSDB - 34,78%; PTB / PTN / PPS / PRTB / PHS / PTC / PTdoB - 31,81%.
Para a Assembleia Legislativa, três dos sete partidos/coligações ultrapassaram os 30%: PP / PT – 31%; PRB / PPS / PRTB / PHS / PTdoB – 32,5%; PTB / PTN / PMN / PTC / PSB – 30,18%
Individualmente, o partido que mais atendeu à legislação foi o PSTU, partido que também mais optou por preencher 100% das vagas com nomes femininos: para deputada federal em Pernambuco e Paraná; e para deputada estadual no Amazonas, Amapá, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
O quadro geral indica que a Lei de Cotas não foi cumprida. A minirreforma eleitoral aprovada em 2009 mudou a redação da Lei Eleitoral. O parágrafo terceiro do artigo 10 da Lei 9.504/1997 passou a vigorar com a seguinte redação: Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação “preencherá” o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo. Na redação anterior, a palavra utilizada era “reservará”. Com a mudança, os partidos deveriam, necessariamente, manter a proporcionalidade de um mínimo de 30% e um máximo de 70% por sexo na sua lista de candidaturas.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Edital CNPq

Prorrogada as inscrições de pesquisas sobre os temas de relações de gênero, mulheres e feminismos


Os interessados podem se inscrever até o dia 18 de outubro
Os interessados em participar da seleção de apoio financeiro a projetos de pesquisas sobre os temas de relações de gênero, feminismos e mulheres têm prazo até o 18 de outubro para se inscreverem. Este edital tem como objetivo estimular este campo e disciplinar suas intersecções com as abordagens de classe social, geração, raça, etnia e sexualidade. O projeto é uma parceria da Secretária de Políticas para as Mulheres (SPM), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), do Conselho Nacional de Desenvolvimento (CNPq) e do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA).
O Edital, inserido nas ações do II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, irá apoiar financeiramente projetos de pesquisa científica e tecnológica que visem a ampliar estudos nas áreas de relações de gênero, mulheres e feminismos. Outro objetivo é contemplar centros emergentes, pesquisadores em início de carreira, a distribuição regional de recursos e a intersecção com as seguintes abordagens: classe social, geração, raça, etnia e sexualidade.
As propostas aprovadas serão financiadas com recursos no valor global estimado de R$ sete milhões, oriundos dos Fundos Setoriais e do Tesouro Nacional (FNDCT). Parcela mínima de 30% dos recursos será, necessariamente, destinada a projetos coordenados por pesquisadores vinculados a instituições sediadas nas regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste.
Uma porcentagem de 14% do valor global será reservada também a projetos que contemplem as relações de gênero, mulheres e feminismos em suas interseccionalidades com as temáticas da ruralidade, da reforma agrária, da agricultura familiar, das situações das mulheres do campo e da floresta, em áreas prioritárias de políticas públicas, como os territórios da cidadania.
Os recursos serão distribuídos a duas Categorias. A Categorias Um será destinada a projetos de até R$ 50 mil, cujo coordenador seja doutor há mais de cinco anos. Na Categoria Dois, concorrem projetos até R$ 25 mil, realizados por grupos de pesquisa, cujo coordenador/a seja doutor há menos de cinco anos. Os projetos que forem apoiados deverão executar seus trabalhos em um prazo máximo de 24 meses.
O proponente deve possuir o título de doutor, ter seu currículo cadastrado na Plataforma Lattes, e ainda ter vínculo formal com a instituição de execução do projeto. As propostas devem ser encaminhadas ao CNPq exclusivamente via Internet, por intermédio do Formulário de Propostas Online , disponível na “Plataforma Carlos Chagas”, até o dia 18 de Outubro

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dabate da Bandeirantes - Eleições 2010

Ao acompanhar o debate de ontem na Bandeirantes, sob o prisma da comunicação sintetizo alguns pontos:


DILMA – Utilizou da tática da agressividade, convidou as pessoas ao retorno ao passado para reacender a militância petista, preservar votos  e conquistar os da Marina, no segundo turno. Trabalhou com a solidez da imagem do governo Lula e as medidas sociais dos dois mandatos.
SERRA – Convidou os espectadores a olhar mais para o futuro do que para o passado – tentou inflar horizontes possíveis e desejáveis de um tempo pós-Lula, não centrou sua fala nas ações do Governo de São Paulo.

Entretanto, a fuga às perguntas foi o ponto fraco do debate como um todo, comportamento dos dois candidatos – vale ressaltar que quando não há resposta, a pergunta persiste na memória e na avaliação do público, fato que caracterizou o debate do início ao fim como improdutivo sem efeitos relevantes.

Ambos infelizmente influênciados e treinados por markteiros, não se libertaram para responder com as suas próprias idéias as perguntas......

E até o próximo comentário.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

ESTUDOS CULTURAIS - BRASILIDADE REVOLUCIONÁRIA

Brasilidade Revolucionária


Debate Cedem/Unesp
Brasilidade Revolucionária: cem anos de cultura e política, Editora da Unesp – 1ª edição, São Paulo – 2010, livro de Marcelo Ridenti, será o centro do debate no próximo dia 18 de outubro, segunda-feira às 18h30, promovido pelo CEDEM – Centro de Documentação e Memória da UNESP.

O título deste livro tem um caráter provocativo e se refere a aspectos de uma vertente específica de construção da brasilidade, aquela identificada com ideias, partidos e movimentos de esquerda - e presente também de modo expressivo em obras e movimentos artísticos. Trata-se de uma aposta nas possibilidades da revolução brasileira, nacional-democrática ou socialista, que permitiria realizar as potencialidades de um povo e de uma nação.
Essa brasilidade revolucionária, como criação coletiva, viria a definir-se com mais clareza a partir do final dos anos 1950, ganhando esplendor na década seguinte, seguido de seu declínio. Ela envolveria o compartilhamento de ideias e sentimentos de que estava em andamento uma revolução, em cujo devir artistas e intelectuais teriam um papel expressivo pela necessidade de conhecer o Brasil e de aproximar-se de seu povo.

A Universidade Emory, de Atlanta /EUA, lançou recentemente banco de dados eletrônico, interativo e gratuito com o nome de Voyages. O arquivo, que se encontra disponível no site www.slavevoyages.org, contém cópia de quase 35.000 documentos originais acerca do tráfico transatlântico de escravos entre os séculos XVI e XIX, com listas de navios negreiros e as respectivas regiões de destino, e oferece planejamentos de aulas e outras ferramentas educacionais. As informações estão distribuídas por cinco regiões: Europa, África, América do Norte, Caribe e Brasil, esse último indicado como o país que "dominou" o tráfico de escravos.

LIVRO: O Dia em que Adiaram o Carnaval: política externa e a construção do Brasil. São

Paulo: Editora da UNESP, 2010. De Luís Cláudio Villafañe G. Santos, autor de "O
Império e as Repúblicas do Pacífico" (2002) e de "O Brasil entre a América e a
Europa" (2004)
Tomando como ponto de partida a tentativa de adiamento do carnaval de 1912
por luto pela morte do Barão do Rio Branco, o livro analisa a peculiar
trajetória da criação e consolidação do sentimento nacional no Brasil a partir
de um enfoque bastante específico: da ação do Estado e mais concretamente da
política externa.

Mito da Mulher Fatal e Novas Masculinidades.

 Ensaio em elaboração que problematiza o olhar  de artistas, em geral pintores, poetas e prosadores franceses do final do século XIX, que viam a mulher como daninha- Dalila ou Salomé, Eva ou Cleópatra- devoradoras, castradoras e as variantes do estereótipo na atualidade. Além das masculinidades diante dessa mulher fatal, infortúnio dos homens.

XXVI SIMPÓSIO NACIONAL HISTÓRIA ANPUH 50 anos

17 a 23 de julho de 2011 São Paulo (USP- Campus Butantã) 01 de novembro a 1 de dezembro de 2010

INSCRIÇÕES DE PROPOSTAS DE SEMINÁRIOS TEMÁTICOS

INSCRIÇÕES DE PROPOSTAS DE MINICURSOS