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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Beijing, muito mais que palavras: Um olhar sobre os obstáculos ao avanço da mulher

São Paulo, 12 de dezembro de 2017

 Por Marcelo Cardoso.

Na obra Beijing, muito mais que palavras: A Quarta Conferência sobre a Mulher da Organização das Nações Unidas – ONU a historiadora Rosana Schwartz revela que após 22 anos, desde a realização da maior e mais importante conferência já realizada sobre os direitos da mulher, apenas metade das metas traçadas foram colocadas em prática.
As conferências mundiais das Nações Unidas representam possibilidades de se alcançar avanços na luta das mulheres por políticas públicas e leis protetivas, como a Lei Maria da Penha, no Brasil. Por meio das conferências se estimulam a criação de espaços de diálogo e de instrumentos jurídicos que tornam mais visível o tema e provocam a conscientização sobre a situação de vulnerabilidade, discriminação e inferioridade das mulheres em todo o mundo.
Durante a IV Conferência das Nações Unidas sobre a Mulher realizada em 1995, em Pequim, na China, estabeleceram-se doze áreas críticas de preocupação e obstáculos para o avanço da mulher, entre elas: Pobreza, Educação, Saúde, Violência, Conflito Armado, Direitos Humanos e Meios de Comunicação.
 Como resultado da conferência foi criada uma plataforma com objetivos estratégicos e ações a serem realizadas durante os próximos anos pelos governos, pela comunidade internacional, por organizações não-governamentais e pelo setor privado para remover os obstáculos ao avanço da mulher.
Mesmo com a mobilização, o cenário ainda está longe do ideal: 43 mil mulheres foram assassinadas no Brasil nos últimos dez anos. Uma mulher é morta pelo parceiro a cada 90 minutos. Por isso, ao abordar a temática e apresentar análises e críticas, Beijing, muito mais que palavras” abre um espaço importante para o debate em torno das questões de gênero, da emancipação e dos direitos da mulher no Brasil e no mundo.