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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça inicia análise das ações de 81 empresas e instituições para igualdade no trabalho

 

 
Comitê Ad Hoc, formado por universidades, vai preparar fase de avaliação dos planos de ação voltados à igualdade de condições e oportunidades para homens e mulheres nas organizações

Experiências das 81 empresas e instituições públicas e privadas participantes da 4ª Edição do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), serão discutidas na próxima quarta-feira (16/01), em Brasília. A análise será feita pelo Comitê Ad Hoc, composto por pesquisadoras de núcleos de gênero de diversas universidades do país.
O encontro será conduzido pela secretária nacional de Avaliação de Políticas e Autonomia Econômica das Mulheres, Tatau Godinho. O grupo tomará como base os planos de ação propostos por instituições públicas e privadas, focados na promoção da igualdade de oportunidades e de tratamento entre homens e mulheres. Serão verificadas inovações, potenciais iniciativas a serem compartilhadas entre empresas e instituições e possibilidades de aperfeiçoamento do Pró-Equidade de Gênero e Raça, voltadas à adesão de mais organizações.
“As ações estão sendo colocadas em prática nas empresas e esperamos que o sucesso do programa faça com que outras empresas tenham interesse em aderir ao Pró-Equidade de Gênero e Raça em 2013”, afirma a secretária Tatau Godinho.
Nos dias 27 e 28 de fevereiro, acontecerá a avaliação global da quarta edição, com identificação das boas práticas. Essa etapa antecede a finalização do ciclo, que se completa com a entrega do selo Pró-Equidade de Gênero e Raça para as organizações.
O Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça é uma iniciativa do governo federal, por meio da SPM. Conta com o apoio da ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres e da Organização Internacional do Trabalho.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Entrevista concedida ao Portal UOL Tema: Relacionamento entre pessoas de Classes sociais diferentes é tabu na novela e na vida real.

Relacionamento entre pessoas de classes sociais diferentes é tabu na novela e na vida real

Rita Trevisan e Caroline Bastos
Do UOL, em São Paulo

Um casal protagonista formado por um militar relativamente bem-sucedido e estudado e uma garota simples do morro. Essa é a receita da autora Glória Perez para conquistar a audiência de "Salve Jorge". A diferença de classes sociais entre os apaixonados Théo (Rodrigo Lombardi) e Morena (Nanda Costa) levanta a discussão sobre os preconceitos ainda tão arraigados em nossa sociedade e que levam à discriminação dos casais que, por algum motivo, fogem dos padrões.
"No Brasil, as pesquisas mostram que há uma endogamia de classe, ou seja, não é uma lei --como ocorre entre as castas indianas, em que era proibido casar noutra casta--, mas há uma tendência geral de que as pessoas se casem dentro da mesma classe social. É como se fosse uma regra, nem sempre explicitada, mas que é notada em estatísticas", conta a antropóloga Heloisa Buarque de Almeida, professora da USP (Universidade de São Paulo).
Sendo assim, todos os que saem do que é tido como o "normal" ou "natural" --que é se relacionar com pessoas que desfrutam de uma situação econômica parecida-- sofrem as consequências disso. "Se os preconceitos desse tipo existem, é porque ainda há uma dificuldade dos indivíduos em pensar a diversidade. Em grande parte dos casos, a diferença, infelizmente, ainda é sentida como ameaçadora, porque fere a identidade cultural de um grupo perante o outro", explica Rosana Schwartz, historiadora e socióloga especialista em gênero, professora da  UPM, Universidade Presbiteriana Mackenzie e PUC-SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo .
Desafios para o casal
Prevalece a idealização das classes mais favorecidas e a estigmatização dos que têm menos poder aquisitivo. Por consequência, o cônjuge que detém os atributos socialmente valorizados terá mais chances de impor seu estilo de vida e sua visão de mundo no cotidiano do casamento. E esse será o primeiro desafio a ser enfrentado pelo casal que decide se unir a despeito das diferenças.


"O principal cuidado é compreender e aceitar a cultura do outro, não comparar ou julgar. Não impor seus valores nem entendê-los como sendo os únicos corretos", diz Rosana. A especialista também afirma que é preciso valorizar o gosto e as práticas cotidianas do indivíduo que não vem de uma família abastada financeiramente e, principalmente, não colocá-lo em situações constrangedoras.

"O cônjuge não pode esperar que o parceiro advindo de meios mais modestos tenha os mesmos padrões de conduta do grupo a que ele pertence”, afirma a socióloga Carolina Pulici, professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Da mesma maneira, o que vive uma situação financeira mais confortável pode se deparar com ocasiões em que ele não sabe como agir, e também merece compreensão de seu par.
"Se essas duas pessoas de classes sociais diferentes estão dispostas a perpetuar seus valores originais, relacionados à criação que receberam, dificilmente a relação sobreviverá. É preciso que ambos estejam abertos a construir novos valores, encontrando e valorizando os pontos em que há consenso", diz a socióloga Daniela Auad, professora da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora).
O inferno são os outros
A pressão social da família e dos amigos, que podem se posicionar contrários ao romance, também representa um obstáculo a ser vencido. "O diálogo é sempre a melhor forma de neutralizar essas influências. Primeiro, o diálogo entre o casal e, depois, com as famílias e os amigos. O fundamental é que o casal procure fazer com que os outros entendam que as diversidades culturais não inviabilizam os projetos do casal", afirma Rosana.
Por outro lado, ao perceber que há uma resistência muito grande, o melhor é preservar o parceiro. "É sempre bom fazer tentativas de aproximação do cônjuge com a família. Porém, se elas não derem em nada, não há porque expor o seu parceiro a violências que você sabe que não terão fim", diz Daniela. E isso vale para os dois, afinal, ambos os grupos podem hostilizar o outro por ser diferente, seja ele rico ou pobre.

Nesse caso, Daniela defende que o cônjuge pare de frequentar as festas da família ou de amigos que não aceitam o relacionamento e que o casal faça outros tipos de programas juntos. "Isso evita uma série de conflitos que podem ir desgastando o relacionamento aos poucos", diz a socióloga. E, muito embora as interferências externas tenham seu peso na relação, a melhor fórmula para construir uma vida harmoniosa ainda é desconstruir estereótipos e preconceitos de classes. "Em outras palavras, é tratar o outro com respeito e, fundamentalmente, com amor", diz Rosana.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O SIMBOLISMO DO NATAL


Aspectos: mitológico, simbólico e o rito do Natal.

Sobre os aspecto mitológico, refletimos primeiramente por que o nascimento de Jesus é celebrado no dia 25 de dezembro. Esse fato relaciona-se com  o início do solstício de inverno nos países do hemisfério norte. Locais onde as noites são mais longas e os dias mais curtos. As noites longas propiciaram reuniões em torno de fogueiras,  com o objetivo de unir as famílais, os grupos, as tribos, os clãs....é algo que nos remete ao simbolismo da confraternização.

O nascimento do menino Jesus pela Virgem Maria significa a purificação por meio da luz da sabedoria. O mito da caverna de Platão, pode ser considerado uma analogia de Jesus como reflexo da luz do sol na caverna. É aquele que desceu de volta para a caverna para salvar a humanidade da escuridão da ignorância. O nascimento de Jesus é um presente para a humanidade.

Entre os antigos, era costume presentear o outro no dia do aniversário, com uma vela, pois significava que aquele cidadão trouxe mais luz para a humanidade, mais um ano de luz. Assim, a confraternização do Natal é simbolicamente a purificação a luz e a sabedoria vinda para a humanidade, uma oportunidade de encontrar uma virtude em nós e no outro.

Nesse sentido o presente era um símbolo dessa relação. Os presentes que Jesus recebeu dos três reis magos, simbolizam: o ouro, que simboliza que ali nasceu um homem de alma de  ouro, onde há ouro no seu coração, está ligado mais ao lado mitológico, espiritual. O incenso que simboliza que ali estava nascendo uma divindade. E a mirra que está ligada mais ao mundo físico, ao rito, e ao final da vida de Jesus, o sofrimento que ele  passará na fase adulta.

Os gregos viam o homem em 3 partes: uma espiritual, outra psicológica e outra física. O ideal está na parte espiritual, são os modelos perfeitos. O símbolo pertence ao mundo psicológico que faz a ponte entre o espiritual e o mundo físico. E o físico é o rito, que está relacionado com as festas e confraternizações. O mito estaria relacionado ao mundo espiritual.

A vinda de Jesus ao nosso mundo simboliza a luz da sabedoria que para nós é passado através da filosofia.

O fato de ter um boi e um jumento perto de Jesus quando ele nasceu simboliza a  impulsividade do boi, e a passividade do jumento e Jesus seria o equilíbrio entre a impulsividade e a passividade. 

O mais importante é que épocas como o Natal são momentos para a reflexão.

FELIZ NATAL PARA TODAS E TODOS.

Adaptação de Victor da Silva Pinheiro

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Conheça o que é Griô.

 Conheça o que é Griô
por http://www.acaogrio.org.br/acao-grio-nacional/o-que-e-grio/

O termo Griô (*3): conceito, história, tradição e reinvençãoO Griô surge como uma metáfora da memória e ancestralidade do povo brasileiro, memória viva de povos que não se calaram e mantiveram vivas suas tradições e identidades em comunidades de re-existência.
Griô ou Mestre(a) é todo(a) cidadão(ã) que se reconheça e seja reconhecido(a) pela sua própria comunidade como herdeiro(a) dos saberes e fazeres da tradição oral e que, através do poder da palavra, da oralidade, da corporeidade e da vivência, dialoga, aprende, ensina e torna-se a memória viva e afetiva da tradição oral, transmitindo saberes e fazeres de geração em geração, garantindo a ancestralidade e identidade do seu povo. A tradição oral tem sua própria pedagogia, política e economia de criação, produção cultural e transmissão de geração em geração.

Griô não é um segmento da cultura popular, mas uma definição ampla e universalizante, que abrange todos os segmentos do universo da tradição oral – que por sua vez é bem mais amplo e complexo do que cabe no termo “cultura popular”, tudo aquilo que não é erudito. Mas as tradições tem suas erudições. O termo “mestre”, por exemplo, abrange poucos segmentos das tradições. Mães de santo, rezadeiras, curadores, cantadores, cordelistas e parteiras, apenas para dar exemplo de segmentos, não se identificam em suas comunidades de origem com o termo “mestre” ou “mestra”. Além disso o termo mestre ou mestra é utilizado para segmentos e títulos da academia. O Griô, um sábio da tradição oral, é o que é pelo seu reconhecimento na comunidade.
E o termo Griô é universalizante, porque ele em si já é extraído do termo Griot, que por sua vez define um arcabouço imenso do universo da tradição oral africana. É uma corruptela da palavra “Creole”, ou seja, Criolo, a língua geral dos negros na diáspora africana. Foi uma recriação do termo gritadores, reinventado pelos portugueses quando viam os griôs gritando em praça pública. Foi utilizado pelos estudantes afrodescendentes franceses para sintetizar milhares de definições que abarca. O termo griô tem origem nos genealogistas, poetas e comunicadores sociais, mediadores da transmissão oral, bibliotecas vivas de todos os saberes e fazeres da tradição, sábios da tradição oral que representam nações, famílias e grupos de um universo cultural fundado na oralidade, onde o livro não tem papel social prioritário, e guardam a história e as ciências das comunidades, das regiões e do país. Em África, existem termos em cada grupo étnico: dioma, dieli, funa, rafuma, baba, mabadi… . Os primeiros povos do Brasil também reconhecem no termo Griô a definição de um lugar social e político na comunidade para transmissão oral dos seus saberes e fazeres, a exemplo dos Kaingang do Sul, dos Tupinambá das Aldeias Tukun e Serra Negra (BA) e os Pankararu de Pernembuco, os Macuxi em Roraima, e tantos outros que participam da Rede Ação Griô Nacional contam sobre os morubixabas, Kanhgág Kanhró …, e o Griô contempla todos.


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

SPM lançou, nesta 2ª feira, o prêmio “Mulheres Negras contam sua História”

Em Brasília, cerimônia, parte das comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra com as presenças das ministras Eleonora Menicucci, da SPM, e Luiza Bairros, da Seppir no dia
19.11.2012 lançou - “Mulheres Negras contam sua História”.
Prêmio - Chamada Pública – Concurso de Redações e Ensaios.
A SPM pretende contribuir para a produção e disseminação de conteúdos que subsidiem o fortalecimento da Política Nacional para as Mulheres, com participação e controle social. O prêmio é uma iniciativa de resgate do anonimato das mulheres negras como sujeitos na construção da história do Brasil.

A ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), também participou da cerimônia do lançamento da chamada pública.

As interessadas poderão participar do concurso com redações e ensaios contando a história e a vida de mulheres negras na construção do Brasil. Com a participação no prêmio, as descendentes dessas mulheres farão relatos, resgatando a memória de suas antepassadas, além de contar suas próprias histórias no enfrentamento ao racismo e à violência e da superação da discriminação.

O Lançamento do prêmio “Mulheres Negras contam sua História”
foi em
19 de novembro de 2012 (segunda-feira)
Local: Auditório da SPM (Via N1 Leste s/nº, Pavilhão das Metas, Praça dos Três Poderes, Zona Cívico-Administrativa) – Brasília/DF

domingo, 21 de outubro de 2012

Preconceito: estudo afirma que homens estressados preferem mulheres mais gordas....


O corpo é um documento, retrata a história, cultura, comportamentos e valoes de uma época e a própria sociedade em que esta inserido. É alvo de estudos, representações, desejos, mercado e da mídia.

Torna-se padronizado e o conceito de Belo não é fixo. Ás vezes são cheios e robustos, sinal de saúde, em outros extremamente magros, depois musculosos. 

As mulheres ainda sofrem mais do que os homens para acompanhar esses padrões impostos.
E para completar.....é alvo de preconceito.
As mulheres mais cheinhas são analisadas não só em seus aspectos físicos como ainda em estudos conduzidos por algumas  universidades que salientam que seus corpos são aceitos em situações limites.

Dentro dessa lógica, temos a Universidade  britânica de Newcastle que concluiu  em um estudo onde afirma que homens estressados preferem mulheres gordinhas. Pode?

Destacam que na mente de homens irritados, a gordura que antigamente era tida como um sinal de fertilidade subjetivamente volta e se ressignifica.

O objetivo dessa pesquisa, pode ser algo interessante, entretanto é extremamente preconceituoso. Mais uma vez mulheres fora do padrão imposto são alvo de estudos....que não trazem nada de útil para a sociedade.

O estudo trabalhou com voluntários em situação de estresse que tiveram que escolher fotos das mulheres mais atraentes. O resultado foi que escolheram as gordinhas. O grupo controle (aquele que não passou pela situação de estresse) selecionou fotos de mulheres magras.
 Segundo Martin Tovee, homens que perdem o emprego, e com baixa estima também procuram por mulheres cheinhas.
Vale a pena questionar essa pesquisa no sentido de entender seu valor e o preconceito com realção as mulheres mais goradas.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

FILHOS MAIS TARDE.

Nas famílias mais ricas, taxa de fecundidade no país chega a menos de um filho por mulher


Do UOL
Vamos analisar a matéria do UOL - 1960 taxa de fecundidade - mais de 6,0 filhos por mulher, em 2010 a média - 1,9 filho ? índice inferior ao nível de reposição

Além de interferir no número de filhos, a situação econômica da família também determina a idade com que a mulher tem filhos. Os quatro grupos de menor rendimento (com até um salário mínimo) possuem uma fecundidade concentrada na faixa de 20 a 24 anos. Já nos três grupos de maior rendimento (mais de 2 salários mínimos), a fecundidade está concentrada entre 30 e 34 anos.
Apesar de apresentar realidades distintas de acordo com as condições socioeconômicas, a família brasileira está menor, de modo geral. Se até 1960 a taxa de fecundidade era de mais de 6,0 filhos por mulher, em 2010 a média no país ficou em 1,9 filho – índice inferior ao nível de reposição (necessário para garantir a substituição das gerações).
A queda vertiginosa na taxa de fecundidade nos últimos 50 anos é a principal responsável pelo envelhecimento do país e pela diminuição do ritmo de crescimento da população, que foi de 1,17% na última década e já chegou a 3% ao ano em outros tempos.

Filhos mais tarde

Até o ano 2000, a tendência no país era de um rejuvenescimento do padrão da fecundidade, ou seja, o aumento da concentração das taxas na faixa de 15 a 24 anos. Mas na última década isso mudou. Apesar de o cenário não ter se alterado muito nas áreas rurais, nas urbanas a fecundidade nos grupos de mulheres mais jovens, de 15 a 19 anos e de 20 a 24, caiu de 19% e 29,2%, respectivamente, para 17,2% e 26,4%.
O aumento nas idades com que as mulheres têm seus filhos entre 2000 e 2010 ocorreu em todos os grupos de mulheres, com exceção das negras, que estão, em média, tendo filhos um pouco mais cedo (veja tabela abaixo).


Instrução

Entre as mulheres menos escolarizadas, a taxa de fecundidade chega a 3,09 filhos por mulher, sendo de 1,14 para as mais instruídas. A maior taxa no grupo de mulheres sem instrução é observada na Região Norte, com 3,67 filhos. Já a menor taxa do grupo de mulheres com superior completo é da Região Sudeste, com 1,10 filho por mulher.
A idade para ser mãe também varia de acordo com o grau de instrução. As mulheres com ensino superior completo têm filhos, em média, com 30,9 anos - 5,5 anos depois das que não têm instrução ou têm ensino fundamental incompleto.
No conjunto da população, no entanto, a tendência ainda é ter filhos em idades mais jovens, já que o número de mulheres com superior completo ainda representa apenas 11,2% das que estão em idade fértil.

  • Divulgação/IBGE

Cor ou raça

A taxa de fecundidade total das mulheres brancas chegou a 1,63 filho e das mulheres negras e pardas com indicadores semelhantes, a 2, 12 filhos. Já a população indígena apresentou fecundidade maior, de 3,88 filhos por mulher.
O Censo indica que o padrão da fecundidade de negras e pardas, assim como o de indígenas, é mais jovem – o valor máximo situa-se no grupo de 20 a 24 anos. O que contrasta com o padrão das mulheres brancas, que apresenta uma concentração mais dilatada, dos 20 aos 34 anos.
O levantamento destaca, também, que acima dos 40 anos a fecundidade indígena é sempre maior que a observada nos outros grupos.

Regiões

O IBGE destaca que os contrastes entre as regiões do país vêm diminuindo desde a década de 1980, com a disseminação de práticas como a esterilização feminina. Mesmo assim, a Região Norte é a única que ainda apresentava, em 2010, uma fecundidade acima do nível de reposição.
As diferenças entre a situação de domicílio também vêm diminuindo. Se em 1970 uma mulher residente na área rural tinha 3,1 mais filhos que a moradora de área urbana, na última década a taxa de fecundidade ficou em 2,63 filhos por mulher no campo, contra o índice de 1,79 registrado nos grandes centros.


Censo 2010

Participaram do Censo 2010 cerca de 190 mil recenseadores, que visitaram os mais de 5.565 municípios brasileiros entre 1º de agosto a 31 de outubro de 2010. Os primeiros dados da pesquisa, que identificou uma população de 190 milhões de brasileiros, foram divulgados em abril de 2011. Ao longo de 2012, têm sido produzidos novos resultados, apresentados em volumes temáticos.